Como evitar que bebê engasgue, se afogue, sofra queimaduras e mais
Veja atitudes que previnem que o bebê sofra os acidentes domésticos mais comuns
Algumas atitudes simples dos pais são capazes de prevenir verdadeiras tragédias. A seguir, veja como prevenir sufocamento, afogamento, quedas, queimaduras, intoxicação, cortes e mordidas de animais.
Sufocamento/engasgo
As principais causas de engasgo no bebê são por aspiração de leite, suco ou água. “Não se deve dar de beber ao bebê com ele deitado, nem deitá-lo imediatamente após a alimentação, não deitá-lo sem que ele tenha arrotado, ou regurgitado”, orienta a pediatra Tatiana Miranda, Coordenadora do Pronto Socorro Infantil do Hospital Leforte.
Sufocamentos também podem ocorrer enquanto o bebê está dormindo, quando seu rosto fica encoberto pelo lençol, travesseiro ou outro objeto macio. “As grades do berço também podem ser uma ameaça causando mortes por estrangulamento e sufocação. Quando os bebês estão na fase de descobrir o mundo com a boca, ainda podem se engasgar com partes e/ou brinquedos pequenos, comidas e outros objetos miúdos”, conta Tatiana Miranda.
Algumas atitudes que previnem o engasgo/sufocamento são:
- Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança;
- Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora. O colchão deve estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica;
- Seja especialmente cauteloso em relação ao berço Procure berços certificados pelo Inmetro, conforme as normas de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Fique atento às grades de proteção do berço, que devem estar fixas e não devem ter mais que 6 cm de distância entre elas;
- Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo;
- Compre somente brinquedos apropriados para a criança Verifique as indicações de idade no selo do Inmetro. Tenha certeza de que o piso está livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas, tachinhas. Tire esses e outros pequenos itens do alcance do bebê;
- Considere utilizar um testador para determinar essas partes pequenas de brinquedos que oferecem risco de engasgamento para crianças de até 4 anos: utilize uma embalagem plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui o diâmetro (3 cm) aproximado da garganta da criança e poderá alertar para o risco de forma bastante visual;
- Considere a compra de cortinas ou persianas sem cordas para evitar que crianças menores corram o risco de estrangulamento.
Saiba como agir quando o bebê está engasgado ou sufocado aqui.
Quedas
Para prevenir quedas é importante ter cuidados com escadas, sacadas, com o piso (piso escorregadio, obstáculos) porque a maioria das quedas em crianças são da própria altura.
Entre os principais responsáveis por quedas com bebês estão os móveis, as escadas e os andadores. “Este último é responsável por mais acidentes que qualquer outro produto infantil destinado a crianças de 5 a 15 meses. A maior parte das lesões resulta de quedas em escadas ou simplesmente de tropeços quando estão no andador.Ou seja, não use andadores, prefira os cercadinhos e chiqueirinhos”, diz Tatiana Miranda.
Saiba como agir quando o bebê cai aqui.
Afogamentos
- Nunca deixe o bebê sozinho na hora do banho e em passeios perto de piscinas e rios, o bebê nunca deve ser deixado sozinho nesses momentos.
Um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os lugares sejam considerados rasos. Seguem algumas dicas para prevenir afogamentos com crianças:
- Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças;
- Mantenha baldes com água no alto, longe do alcance das crianças;
- Conserve a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrada com algum dispositivo de segurança à prova de criança ou mantenha a porta do banheiro trancada;
- Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”;
- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 metros que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
- Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;
- Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água;
- Evite brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água;
- Saiba quais amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando levar a criança para visitá-los, certifique-se de que será supervisionada por um adulto enquanto brinca na água;
- Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança Eles podem estourar, virar a qualquer momento e ser levados pela correnteza. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas, e quando estiver praticando esportes aquáticos;
- Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
- No mar, a vala aparenta uma falsa calmaria, mas representa o local de maior correnteza que leva para o alto mar. Ensine a criança a nadar transversalmente à vala até conseguir escapar ou a pedir socorro imediatamente;
Veja como agir caso a criança se afogue aqui.
Queimaduras
A grande maioria das queimaduras de bebê ocorrem no ambiente da cozinha ou queimaduras solares. “Então nunca cozinhe com seu bebê no colo, ou perto de você, cozinha não é local de criança. E muito cuidado com a exposição solar prolongada”, alerta Tatiana Miranda. Saiba como agir em casos de queimaduras aqui.
Intoxicação
Não deixe ao alcance do bebê produtos tóxicos, cuidado onde guarda medicamentos e produtos de limpeza, etc, isso tudo deve ser mantido guardado em armários altos e de preferência com chave. “Cuidado em que frasco você armazena esses produtos, muitos acidentes ocorrem por se guardar por exemplo, produtos de limpeza em frascos de alimentos (garrafas de leite, iogurte, refrigerantes), e alguém troca as embalagens e oferece ao bebê imaginando ser um alimento e não um produto de limpeza”, diz Tatiana Miranda. Veja como agir caso o bebê sofra uma intoxicação aqui.
Cortes
- Não exponha a criança a objetos cortantes ou pontiagudos;
- Procure adquirir móveis com pontas arredondadas ou considere o uso de pontas de silicone (protetores de quinas) vendidas em lojas de artigos infantis;
- Evite móveis com vidro ou outro material que possa quebrar e cortar;
Veja como agir se o bebê sofrer um corte aqui.
Mordidas de animais
Antes de expôr o bebê a qualquer animal, verifique primeiro se esse animal é dócil com crianças, e mesmo assim nunca deixe a criança sozinha com o animal, sempre com supervisão. Veja como agir se o bebê sofrer uma mordida de animal aqui.