Confira quais os cuidados necessários ao furar a orelha do bebê
Você sabe com quantos meses pode furar orelha do bebê? Essa é uma dúvida muito comum entre mamães e papais que escolhem colocar o acessório na criança. Quem pode fazer o procedimento? Quais os principais cuidados com as orelhas furadas? – São outras perguntas que os pais de primeira viagem costumam ter.
É fundamental conhecer as precauções necessárias e, dessa forma, evitar possíveis infecções. Também é importante se prevenir, com referências sobre como tratar as inflamações que podem aparecer. Por isso, responderemos, a seguir, as principais dúvidas sobre esse tema, com informações de especialistas na saúde infantil.
Com quantos meses pode furar orelha da bebê?
Algumas pessoas podem pensar que, quanto mais cedo o furo for feito, será melhor — mas essa crença é um mito! Apesar de não existir uma idade certa para furar as orelhas do bebê, os especialistas avaliam que isso não deve ser feito muito cedo. “É aconselhável aguardar os dois primeiros meses de vida, fase em que o pequeno é mais vulnerável a infecções”, afirma a pediatra e neonatologista Célia Maria Boff de Magalhães, membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
Aguardar um pouco para fazer o procedimento ainda é importante porque a pele da criança será menos sensível e ela já terá tomado as primeiras vacinas. Outra recomendação interessante é que os responsáveis pelo bebê esperem até a primeira consulta com o pediatra, a fim de saber se o furo pode ser feito sem problemas.
Dói muito para a bebê?
Outro mito que existe é de que os bebês não sentem dor nessa idade. No entanto, isso não é verdade, e as crianças têm a mesma sensibilidade que os adultos. A diferença é que não vão entender o que está acontecendo.
No momento da perfuração, o bebê deverá sentir uma dor menos intensa do que uma injeção. Essa reação acontece porque a região da orelha tem menor sensibilidade do que outras partes do corpo.
Quem pode fazer o procedimento?
Os papais e as mamães devem estar atentos para selecionar bem o local e o profissional responsável pelo furo. A pediatra associada da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Liane Netto, recomenda que o lugar escolhido deve ser bem avaliado e com boas referências.
Nesse ponto, precisam ser evitados os ambientes hospitalares, justamente para diminuir as chances de infecção. A Dra Liane Netto indica que sejam procurados serviços e ambulatórios localizados fora de hospitais.
Os profissionais que podem fazer os furos são médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e farmacêuticos. “É importante que o profissional e o local em que os furos serão feitos sejam confiáveis. Confira se o estabelecimento está autorizado pela Anvisa”, orienta Célia Magalhães.
Como é feito o furo da orelha?
Depois de escolher o profissional e o local para perfuração, é preciso ter atenção com os procedimentos adequados para que o furo seja feito com segurança. Os brincos devem ser esterilizados com álcool 70%. O lóbulo da orelha também precisa ser higienizado com o produto e costuma ser furado com o próprio brinco, já desinfetado.
Como escolher o brinco adequado?
Outro ponto que merece cautela é a escolha do brinco do bebê. “Os acessórios de ouro maciço, em geral, têm menor risco de infecção ou reação alérgica”, explica Célia Magalhães.
Acessórios feitos de aço inoxidável também são recomendados para prevenir a contaminação, de acordo com a pediatra Liane Netto. Contudo, é bom evitar brincos grandes e pontiagudos para diminuir os riscos de acidentes com a criança.
Quais os cuidados após furar as orelhas?
Depois do procedimento, é preciso fazer a higienização do local até a cicatrização ser concluída. “É possível ainda passar uma pomada antibiótica na região”, diz Liane Netto. Ela também indica ter bastante atenção na hora do banho e na troca de roupas, para que as peças não fiquem presas no brinco e provoquem ferimentos no bebê.
Outro cuidado interessante é rodar o brinco delicadamente, a fim de evitar que ele grude no lóbulo da orelha.
“Uma sugestão é girar o brinco em ambos os sentidos, de uma a duas vezes ao dia”, ensina Claudia Maekawa Maruyama, infectologista do Hospital San Gennaro. É importante, sempre, limpar bem as mãos com água e sabão antes de fazer todo o procedimento.
Como tratar eventuais infecções?
“Após o furo, observe se há sinais de inflamação. Entre eles: calor no local, dor, edema, vermelhidão e a presença de secreção. Caso haja algum desses problemas, avalie com o pediatra”, exorta Claudia Maruyama. Se forem observados esses sintomas, os pais devem levar a criança ao médico, para evitar que o problema se agrave.
O profissional de saúde irá avaliar quais os tratamentos mais adequados para o caso. O especialista ainda deve checar se a criança apresenta algum tipo de alergia ao material dos brincos, por exemplo.
O professor de pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, Barton D. Schmitt, autor do livro “A Saúde do Seu Filho”, indica que, para cuidar da infecção, os brincos precisam ser retirados três vezes por dia. Os acessórios devem ser higienizados com álcool, assim como a orelha da criança.
Uma pomada antibiótica pode ser colocada na haste do brinco e, só então, o acessório pode ser inserido novamente. O tratamento da região inflamada normalmente se estende por até dois dias, depois de a infecção desaparecer. Porém, assim que observar algo diferente na orelha da criança, procure ajuda pediatra.
Como você viu, o procedimento é bastante simples, mas a decisão de furar a orelha o bebê para o uso de brincos deve ser acompanhada de alguns cuidados bem importantes. Seguindo as dicas deste post, certamente, haverá menos chances de ter problemas.
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