Laura Neiva posa com Chay Suede e a filha e abre jogo sobre sua doença
A atriz Laura Neiva posou com o ator Chay Suede e a filha de cinco meses, ela também falou sobre sua epilepsia
A atriz Laura Neiva posou com sua filha com o ator Chay Suede, a pequena Maria, para celebrar os cinco meses de vida da bebê. Ela e Chay apareceram se beijando e segurando a filha no colo em foto compartilhada nas redes sociais da atriz.
Ao mostrar a foto, Laura Neiva se declarou para o marido e para a filha. “Maria fez 5 meses ontem, como passou rápido. Eu ainda não consigo acreditar que já se passaram 5 meses desde o seu nascimento, mas ao mesmo tempo, tudo foi tão intenso desde o dia que ela chegou, tantas novidades e desafios que parece que ela está com a gente faz 10 anos. Eu amo minha família cada dia mais, amo a Maria”, disse a atriz.
Muito famosos foram só elogios para a família. A apresentadora Giovanna Ewbank comentou: “Que lindeza! Muito amor pra vocês!”. A atriz Ingrid Guimarães ainda comentou: “Ai que carinha linda”. E a atriz e apresentadora Regina Casé comentou: “Eu amo vocês!”.
Recentemente, Laura Neiva também abriu o jogo sobre sua doença. Ocorre que a atriz tem epilepsia e agora ela decidiu falar um pouco mais sobre este assunto. Ela também aproveitou para dar informações importantes sobre como agir quando alguém tiver uma crise epilética. “Um tempo atrás eu falei numa revista que eu era epilética e na época surgiram muitas dúvidas. É o seguinte, eu descobri que era epilética quando eu tinha 19 anos e eu tive a minha primeira convulsão, eu estava em casa, fui levada para o hospital e lá eu fui diagnosticada como epilética congênita, ou seja, eu nasci com a doença. Desde os meus 14 anos eu tinha uma sensação que eu saia do meu corpo e voltava, eu tinha vontade de correr, vinha uma sensação de medo muito forte, era uma sensação muito intensa, mas que na verdade durava segundos, era uma coisa muito mais interna. Não necessariamente quem via de fora percebia alguma coisa. Eu tentava falar para minha mãe, não sabia explicar direito e minha mãe também não conseguia entender e eu fui levando. Mas passou um tempo, eu tive a convulsão e depois na consulta com o neurologista eu relatei isso e ele disse que isso se chama aura, que é o que pode anteceder uma convulsão, não necessariamente toda vez que eu tenho aura eu vou ter a convulsão, mas no meu caso, todas as vezes que eu tive convulsão, eu tive a aura antes, que é como se fosse um aviso do meu corpo que pode ser que eu tenha a convulsão. Então, quando eu tenho isso eu preciso avisar alguém. Todo mundo que convive comigo sabe que eu tenho epilepsia e sabe qual é o nome do meu remédio. Eu acho que é importante se você é epilético você avisar as pessoas, falar para todo mundo e não ter vergonha”, disse a atriz.
Laura também confessou que inicialmente sentiu vergonha de sua doença: “Eu por muito tempo tinha vergonha de dizer que tinha a doença e também tinha dificuldade de tomar remédio, porque eu não achava possível que eu ia ter que tomar remédio, que meu corpo não ia conseguir lidar com isso sozinho. E eu acabei deixando de tomar remédio quando eu descobri e as crises foram piorando e eu sofri. Enfim, tiveram alguns acidentes, até que aconteceu uma situação grave e eu percebi que o remédio estava ali para me ajudar, me salvar e por isso eu tomo meu remédio regularmente. Ainda assim eu esquecia algumas vezes e eu percebi que quando eu esquecia eu tinha uma crise de ausência, existe uma diferença entre crise de ausência e aura, mas eu não sei dizer, melhor você falar com seu médico sobre isso. Eu não queria tomar o remédio porque achava que dava conta, até que eu percebi que era para o meu bem e que eu estava fazendo minha família sofrer ao não tomar o remédio, eles ficavam com medo de eu ficar sozinha, de eu dirigir, de eu tomar banho. Depois que eu percebi os riscos que eu poderia causar, eu passei a tomar o remédio. Outro preconceito que a doença tem é que o que pode causar são convulsões que são espasmos intensos no nosso corpo que fazer a gente se contorcer. Independente do que você acredita, acho que é importante procurar um médico e fazer exame. É uma doença que sofreu muito preconceito porque tinha gente que achava até que estava com demônio no corpo.
Outra coisa importante: quando uma pessoa estiver tendo uma convulsão a língua não vai enrolar, não é para colocar o dedo na boca de quem está tendo uma convulsão. E não tenta conter o corpo da pessoa, você não vai conseguir e vai machucar a pessoa. Então, proteja a cabeça dela com uma almofada ou deitando numa cama e então chame o resgate ou alguém que possa ajudar”.
Laura Neiva também contou sobre o que mudou na sua doença quando engravidou. “Tudo estava controlado na minha doença até que chegou a gravidez. Eu nunca recebi nenhuma contraindicação, nunca nem pensei que não poderia engravidar por causa da epilepsia, mas eu sabia que durante a gravidez existem mulheres epiléticas que melhoram a crise, mas algumas relatam que pioraram. E esse foi meu caso, aumentaram muito minhas crises de ausência e minhas convulsões mesmo, na minha gravidez eu tive que aumentar a dose do meu remédio e colocar outro remédio junto. Como eu estava correndo o risco porque eu podia cair em qualquer lugar, podia me machucar, a gente preferiu adicionar outro remédio do que correr qualquer outro risco. Com isso a gente conseguiu controlar, eu parei de ter crises, mas isso levou alguns meses. Depois que eu pari as crises foram melhorando e hoje tá mais controlado e eu posso fazer alguns exames que eu não poderia fazer na gravidez. Outra coisa que pode desencadear uma crise em mim, além de não tomar os remédios, são a privação de sono e o cansaço extremo”, concluiu a atriz.