Monica Benini posa com seu bebê com Junior e fala da amamentação
A designer de joias Monica Benini fez um desabafo emocionante sobre a amamentação de seu filho com Junior Lima
A designer de joias Monica Benini, esposa do músico Junior Lima, fez um desabafo emocionante sobre a amamentação de seu filho Otto, dois anos e 10 meses. Ela compartilhou uma foto em que aparece amamentando o menino quando ele era menorzinho.
E ao mostrar a linda foto, Monica fez um desabafo sobre amamentação. Ela contou como foi sua experiência com a amamentação de seu bebê com Junior Lima.
Monica disse: “Estamos em agosto, mês do aleitamento materno e as campanhas de amamentação brotam aos nossos olhos. Lembro de ter me questionado, assim que comecei a amamentar, do porque as imagens que nos mostram de mães amamentando sorridente seus filhos parecerem tão romantizadas e, principalmente, do por que a sociedade dar tanto pitaco em algo tão íntimo… eu fui do time que amou amamentar e que se emocionava verdadeiramente com o ritual, com o olho no olho enquanto ele mamava. Mas esse ritual que foi tão especial por aqui não escondeu as olheiras por ter passado madrugadas sem dormir praticamente nada, não suavizou as dores de cabeça por privação de sono, não cessou as lágrimas que jorravam dos olhos quando aquela boquinha voraz sugava meu peito machucado, não fez carinho quando chorei, desesperada e com um filho de três meses, por achar que meu leite estava acabando, não trouxe de volta as coisas todas que deixei pra trás por ter escolhido fazer amamentação prolongada, não amenizou a sensação de solitude que sentimos enquanto amamentando nossa cria vemos a vida passar pela janela… e eu tive o privilégio de poder escolher amamentar em livre demanda e de permitir que meu filho escolhesse o momento de parar. Tive o privilégio de silenciar o mundo e escutar meu coração e o meu outro coração que hoje bate fora de mim. Numa situação confortável, sem chefes, sem desamparo. E com informação.
E mesmo que meu olhar com ‘inclinações fotográficas’, que sempre busca enquadrar a vida, se emocione com a cena de uma mãe amamentando sua cria, não consigo não pensar nas mães que não tiveram essa mesma realidade… estendo meu caloroso abraço à mãe que teve que parar de amamentar pra poder voltar ao mercado de trabalho, que não acolhe e facilita os processos pras mães de recém-nascidos; à mãe que teve mastites infinitas e febres intermináveis; à mãe que por motivos externos – ou internos – não conseguiu sequer começar; à que calou sua voz interna e deixou o mundo gritar, à que se culpou e se sentiu a pior mãe do mundo por simplesmente (pelo motivo que for) não conseguir seguir; à que não teve acesso à informação e não pode escolher amamentar (ou não) amparada pela calma que essa consciência bem embasada traz. Eu desejo uma sociedade que recrimine e julgue menos as mulheres e que entenda que informação de qualidade é nosso maior escudo. Eu desejo uma sociedade que estenda o ombro pra mãe que chora, muitas vezes escondida, por crer que está perdendo o vínculo com seu bebê, sem ter a certeza de que o vínculo criado na amamentação é apenas uma pequena parcela do vínculo arrebatador que ela poderá criar por toda a vida ao lado da cria. Amor, vínculo e uma relação profunda com os nossos filhos construímos no dia a dia, no cuidado, no aconchego. Você não é menos mãe por não ter amamentado em livre demanda, prolongadamente ou mesmo por não ter amamentado pelo motivo que for. Acredite sempre no amor de vocês… e se permita ser fiel ao que o seu coração diz”.