A verdade por trás da bolha neste ultrassom é terrível, mas o final é feliz
Conheça a seguir o caso de Tammy Gonzalez e sua filha Leyna, que mudou a história da medicina
A princípio pode até parecer uma cena engraçadinha: o bebê fazendo uma “bolha” com a boca. Mas, infelizmente, a verdade por trás deste ultrassom não tem nada de fofa. Quando a mamãe Tammy Gonzalez viu esta “bolha” no seu ultrassom de 17 semanas de gravidez, logo se preocupou. “Passaram mil coisas pela minha cabeça. O que era aquilo? Na hora ninguém soube me dizer”, recorda-se Tammy em entrevista em jornal The Guardian.
Os médicos examinaram o caso e descobriram que a bolha se tratava de um tumor raro e potencialmente fatal que afetava uma em cada 100 mil gestações. O tumor já estava do tamanho de um pêssego e crescia rápido.
Diante do tumor, os médicos deram duas opções a Tammy: fazer um aborto ou esperar a bebê nascer para então tratar o tumor. Tammy recusou a ideia de fazer um aborto na hora. Mas a segunda opção também colocava a vida de sua bebê em grande risco. Isto porque o tumor estava crescendo muito rápido e poderia resultar em uma hemorragia fatal para a bebê. “Mesmo se ela conseguisse nascer viva, sua vida não seria normal, os médicos disseram que ela teria uma série de problemas de saúde”, disse Tammy.
Tammy então começou a pesquisar mais sobre o assunto e buscou a ajuda de um ginecologista especialista em medicina fetal, o Dr. Ruben Quintero, professor da Universidade de Miami, Estados Unidos. “Eu só pensava: tem que haver um jeito de salvar a minha filha. Começamos a fazer muitas pesquisas, foi um momento muito estressante e triste”, disse Tammy.
Na consulta com o Dr. Ruben, ele disse que poderia haver uma esperança: uma cirurgia para remover o tumor ainda na gestação. O médico também alertou que este procedimento nunca havia sido tentado antes, mas que ele estava disposto a tentar. “A partir deste momento eu, meu marido e minha família passamos a ter muita esperança e a orar muito”, contou Tammy.
O Dr. Ruben fez a cirurgia juntamente com sua esposa, a cirurgiã fetal Eftichia Kontupoulos. O casal de médicos utilizou um endoscópio guiado por um ultrassom. Assim, houve apenas uma pequena incisão no abdômen da mãe. Com um laser, eles cortaram o tumor que estava ligado a boca da bebê. E a mamãe Tammy assistiu tudo por meio do ultrassom! “Quando eles finalmente terminaram de cortar o tumor e eu o vi flutuando, longe da minha filha, foi como se um peso GIGANTE tivesse saído das minhas costas, foi perfeito”, recorda-se Tammy.
Cinco meses depois, Tammy deu à luz a pequena Leyna. A bebê nasceu saudável e tendo uma pequenina cicatriz na boca como única lembrança do tumor que quase tirou sua vida.
De acordo com o Dr. Ruben, o caso de Tammy e Leyna dá esperança para muitas outras famílias e representa um grande avanço na medicina fetal. “Este caso foi uma oportunidade para expandirmos nossa área de atuação e nos dá a habilidade de tratar muitos outros problemas de saúde ainda no útero e dar esperança para as mães”, conclui o Dr. Ruben.
Veja como a pequena Leyna estava com quase dois anos de vida e ao lado do Dr. Ruben e a Dra. Eftichia: