Estudo: 1 parte do corpo do bebê fica na mãe por até 38 anos após parto
Células do feto ficam no corpo da mãe e podem se transformar em células fígado, coração e até do cérebro
Uma pesquisa da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, acaba de provar algo muito curioso: partes do bebê ficam no corpo da mãe por até 38 anos após o parto! Na verdade, tratam-se de algumas células do bebê e o nome deste fenômeno é Microchimerismo fetal. O nome escolhido faz referencia à quimera, um monstro da mitologia grega que era composto por partes de diversos animais.
De acordo com os pesquisadores, as células do bebê que ficam no corpo da mãe agem como células-tronco, ou seja, são capazes de se transformar em diversas células do corpo humano. “As células do feto que ficam no corpo da mãe podem se tornar células especializadas do fígado, coração e até mesmo em neurônios para o cérebro”, explica autora do estudo Amy Boddy.
Mas isso é bom ou ruim para as mães?
Esta é uma questão que os cientistas ainda estão analisando, mas a resposta no momento é: depende. Isto porque as pesquisas já observaram tanto benefícios que foram proporcionados por algumas dessas células vindas do feto quanto malefícios. E também houve casos em que a presença das células do feto em determinadas parte do corpo da mãe simplesmente não fez diferença nenhuma.
Por exemplo, já se observou que essas células podem contribuir para uma resposta inflamatória no organismo da mãe e assim aumentar as chances dela ter uma doença autoimune. Isto inclusive justificaria porque as mulheres sofrem mais com doenças autoimunes do que os homens.
Por outro lado, as pesquisas também já notaram que as células do feto podem ajudar a reparar alguma parte do corpo da mãe que esteja machucada. Por exemplo, já foi observado que no caso de mães que fizeram uma cesárea, células do feto contribuíram fortemente para a boa cicatrização! Interessante não?