‘Bebi 8 cervejas por dia na gravidez e meu bebê sofreu consequências’
A bebê da mãe Linda McFadden quase perdeu a vida por causa do álcool na gravidez
Uma mãe revelou que sua bebê quase perdeu a vida após ela ter bebido oito cervejas por dia na gravidez. Linda McFadden fez um desabafo sincero sobre os efeitos do consumo de álcool na vida de sua filha e sobre a imensa culpa que sente em relação a isso.
Ela decidiu tornar sua história pública para mostrar os devastadores efeitos do consumo de álcool na gravidez. Confira o relato dela ao portal Kidpsot a seguir:
“Eu comecei a beber com 15 anos. Eu era tímida e quando bebia me sentia feliz e confiante. Com 22 anos o álcool já consumia todos os meus pensamentos e eu chegava a esconder latas de cerveja em casa para que meus pais não me vissem bebendo tanto. Até então ninguém havia dito nada sobre meu consumo de álcool e eu me recusava a aceitar que tinha um problema.
Em 1989 eu estava casada e esperando minha primeira filha, Sarah. Eu tentei parar de beber na gravidez dela, mas não consegui. ‘Tem certeza que não quer uma limonada?’, meu marido me perguntou quando eu estava grávida de cinco meses e bebendo uma cerveja no bar. Mas ele não entendia que não era uma escolha para mim, eu precisava beber álcool. Minha primeira filha teve muita sorte e não sofreu nenhum efeito permanente do meu consumo de álcool na gravidez. Mas ela nasceu sim com alguns efeitos do álcool, com um peso bem baixo, pesando apenas dois quilos. E ela ainda precisou ser alimentada com uma sonda nos primeiros dias.
Cinco anos depois eu engravidei novamente. Como não achava que minha primeira filha havia tido graves problemas por causa do álcool, então eu nem considerei parar de beber nesta segunda gravidez.
Mas minha segunda filha não teve a mesma sorte da primeira. Eu tive um parto prematuro e minha segunda filha Claire nasceu pesando menos de um quilo e tinha apenas 50% de chances de sobreviver.
Alguns dias após o parto, o médico chegou até mim e disse: ‘nós podemos notar com base nas suas características que ela tem a Síndrome do Alcoolismo Fetal’. Minha segunda filha teria sequelas permanentes do meu consumo de álcool, mas nem isso me fez parar de beber.
Eu só decidi parar algum tempo depois quando eu desmaiei em casa por causa da bebida e o fogão estava ligado. A casa começou a pegar fogo e eu e minhas filhas quase morremos. Diante disso, o conselho tutelar foi até minha casa ameaçar tirar minhas filhas e só então eu entendi que precisava parar.
Minhas filhas ficaram com o pai e eu fui para uma clínica de reabilitação. Após três meses na clínica eu consegui retornar para casa e não bebi mais.
Infelizmente minha caçula sofre com as sequelas da minha bebedeira na gravidez até hoje. Ela sofre com ansiedade, seu desenvolvimento sempre foi atrasado em relação às outras crianças. Ter que dizer para minha filha que estes seus problemas ocorreram por causa do álcool que bebi na gravidez foi muito difícil. Mas ela sabe o quanto me culpo por isso e que estou sempre lá para ajudá-la, então ela me perdoou. Mas é fato que eu nunca vou me perdoar, eu sinto que traí minha filha”.