Conselho Tutelar quebra silêncio sobre menina morta pelos pais

Bruna Stuppiello

O Conselho Tutelar foi acusado de negligência diante da morte da menina Emanuelly após denúncias do caso

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O Conselho Tutelar de Itapetininga (SP) quebrou o silêncio sobre a morte da menina Emanuelly Aghata da Silva, 5 anos. Seus pais Débora Rolim da Silva e Phelipe Douglas Alves são os principais suspeitos de sua morte.

E nos últimos dias tanto a ex-babá da menina quanto a escola onde ela estudava revelaram que denunciaram os pais para o Conselho Tutelar meses atrás. E ambos afirmaram que eles agrediam a filha constantemente.

Mesmo assim, os pais continuaram com a guarda de Emanuelly e ela acabou falecendo após sofrer muitas agressões. Isto fez com que o Conselho Tutelar da cidade fosse alvo de uma série de acusações de negligência.

Agora, o membro do Conselho Tutelar Clayton Soares quebrou o silêncio e falou sobre o caso. Segundo ele, o órgão enviou uma equipe a casa de Emanuelly assim que recebeu a primeira denúncia. E segundo ele, Débora recebeu a equipe bem e foi prestar esclarecimentos na sede do Conselho Tutelar.  “A casa sempre estava bem organizada, as crianças também, o relatório de frequência escolar não tinha nenhuma anormalidade, tudo era favorável à mãe. Ela conseguiu enganar a todos”, afirmou Soares em entrevista à TV TEM.

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Clayton também falou que fazia o acompanhamento da família e que no total realizou 10 visitas a residência.  “O Conselho não detectou nada grave, tanto que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou agressão de natureza leve e então o inquérito foi arquivado. Mesmo assim, continuamos acompanhando a família e nada foi constatado”, explicou.

O exame de corpo e delito foi feito quando houve a denúncia da babá. Meses depois, quando a escola de Emanuelly também denunciou os pais, o conselheiro não pediu um novo exame porque de acordo com ele a denúncia apontava apenas as faltas da menina. Apesar da escola ter afirmado que um conselheiro tutelar chegou a comparecer na escola, constatar os fatos e fotografar hematomas.

“Ao chegarmos à casa perguntando sobre a frequência escolar dela, a mãe apresentou atestados de saúde e informou que ela [Emanuelly] não estaria indo à escola porque estava de atestado”, disse o conselheiro.

Entenda o caso de Emanuelly Agatha

Os pais de Emanuelly, Débora Rolim da Silva e Phelipe Douglas Alves, são os principais suspeitos de terem matado a menina. Eles foram presos no sábado, 3/3. A suspeita da polícia é que o casal de Itapetininga, interior de São Paulo, espancou a menina até a morte.

Um dia antes da prisão, os pais chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atender a menina que de acordo com eles teria ‘caído da cama’. Porém, quando os médicos examinaram a pequena, ficou claro que os ferimentos correspondiam a fortes agressões e não a uma queda da cama. Infelizmente, os ferimentos de Emanuelly Aghata eram tão graves que ela não resistiu e faleceu na madrugada de sexta-feira (2).

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