Mãe de Isabella Nardoni desabafa sobre liberdade da assassina de sua filha
Ana Carolina Oliveira falou sobre sua indignação diante do provável regime semiaberto da madrasta da filha
Nove anos após o terrível assassinato de sua filha, Isabella Nardoni, pelo próprio pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, a mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, conseguiu reconstruir sua vida. Ela se casou e no ano passado deu à luz ao pequeno Miguel.
Porém, infelizmente, ela teve que se deparar com a triste notícia de que a assassina de sua filha provavelmente terá liberdade provisória. A madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, pediu a justiça para progredir para o regime semiaberto e ao que tudo indica este pedido tem grandes chances de ser aceito.
Diante desta notícia, a mãe de Isabella fez um emocionante depoimento para o portal da revista Veja. Confira o que ela disse a seguir:
“Acho simplesmente um absurdo que a pessoa que comete uma atrocidade como essa, um crime que chocou não só eu, não só minha família, mas o país e até o mundo, esteja tão próxima da liberdade, ainda que provisória. Ela poderá conviver em sociedade, levar uma vida normal, poderá fazer algo que eu não posso há 9 anos e 3 meses, porque me foi tirado esse direito, que é chegar em casa e dar um abraço nos filhos.
Qualquer pessoa em sã consciência acha mesmo que esse curto espaço de tempo em que ela ficou presa [desde 2008] é suficiente para punir um crime tão bárbaro? Infelizmente, o meu nível de entendimento é muito pequeno e jamais chegará a esse patamar de aceitação. Sei que leis são leis e não tenho nenhum tipo de poder para mudar, mas tenho o livre arbítrio de não concordar e de me sentir chocada e penalizada.
Ela comete um crime hediondo, e a punição que temos para isso é a prisão. Esse tempo não é nem um pouco suficiente para que a pessoa passe a manter boa conduta, para que ela mude de uma hora para outra. Até porque não há nada que garanta que ela não possa fazer novamente a mesma coisa que fez contra a minha filha, ou qualquer outro tipo de crime tão horrível quanto esse.
Quantos presos não receberam esse beneficio e voltaram a cometer crimes? Quantos presos não obedeceram ordens dadas pela Justiça? Ela sempre foi muito bem orientada sobre como se comportar para conseguir esse se livrar o quanto antes da cadeia. Até porque a conduta que ela tem hoje, presa, é absolutamente diferente da conduta que ela tinha antes do crime. (leia o restante do depoimento aqui)”.
E veja aqui o desabafo de Ana Carolina Oliveira sobre como conseguiu reconstruir sua vida.