“Que não fui eu tá? Meu filho tem um ano e três meses e eu só consegui voltar agora”, esclareceu Kelly Key
Um ano e três meses após o nascimento de seu filho, a cantora Kelly Key começou a planejar uma cirurgia plástica. Ela está mostrando todos os preparativos em seu canal no Youtube. E agora ela mostrou como foi a primeira consulta com seu cirurgião plástico, o Dr. Marcio Walace.
Durante a consulta com o médico, eles esclareceram alguns mitos em relação ao emagrecimento pós-parto. Além disso, o cirurgião plástico chocou ao revelar o que algumas famosas fazem para ficar com a barriga super chapada poucos meses após o parto.
O médico explicou que não é possível realizar uma lipoaspiração ou qualquer outro procedimento cirúrgico com fins estéticos nos meses após o parto. “Não vou dizer que não tentei. Eu tentei! Eu pedi para o Márcio me operar”, confessou a cantora Kelly Key.
Mas o médico explicou porque este tipo de procedimento não pode ser realizado logo após o parto e muito menos durante a cesárea. “É impossível! Porque a pele está totalmente flácida, é diferente, não é uma pele normal, que não está precisando de cicatrização, não vai retrair. Você imagina se eu tiro sua pele que está flácida. Ai sua pele depois, assim como de qualquer mulher no pós-parto, vai retrair, se não todo mundo que tivesse filho ficaria com a barriga para sempre. Ai imagina se ela retrai, mas eu já tirei pele?! Ou a sua cicatriz vai ficar super larga ou vai até abrir o corte”, explicou o médico.
Ele então chocou ao revelar o que muitas mulheres fazem para ficar com a barriga chapada logo após o parto. O cirurgião plástico contou que muitas delas fazem uma modulação hormonal, ou seja, tomam hormônios para poderem ficar com a barriga trincada. “Que não fui eu tá? Meu filho tem um ano e três meses e eu só consegui voltar agora porque eu regulei minha tireoide”, esclareceu Kelly.
Mas para tomar este hormônio, a mulher não pode estar amamentando. Então, há quem pare de amamentar ou amamente o bebê por pouquíssimo tempo apenas para realizar este tipo de tratamento!
“O que acontece: primeiro, a maioria delas tem uma vida de treinamento. A Kelly já tinha isso, então treina, se alimenta corretamente e tudo o mais. E a Kelly pensava: ‘poxa, por que eu fazendo tudo isso não voltei rapidamente?’. A tireoide foi um dos motivos para a dificuldade da Kelly. Mas o que a maioria dessas mulheres faz que a Kelly não fez? E eu não vou dizer que são todas, até porque eu não vou acusar ninguém especificamente. A maioria delas fazem uma modulação hormonal após o parto e então não amamentam. Muitas têm alguma dificuldade e não conseguem amamentar e ai como elas não amamentam, elas podem tomar hormônio e em dois meses a barriga está trincada. Claro! Tomou um monte de hormônio! Tem gente que volta rápido sem tomar hormônio? Tem gente, mas não é o mais comum, a maioria das pessoas acaba usando algum hormônio”, explicou o médico.
Kelly ficou surpresa com a revelação e disse: “Mas é mesmo, todas elas têm alguma coisa de ‘ahn, eu não consegui amamentar, eu tentei e não tinha leite’… Por isso que eu esperei tanto tempo para chegar até aqui, eu quis amamentar meus filhos, o Artur já está andando e agora eu tenho um apoio para cuidar do Artur após a cirurgia”.
Vale lembrar que a amamentação proporciona inúmeros benefícios para o bebê e alguns desses benefícios duram a vida inteira! O leite materno é o melhor alimento que existe. “Ele apresenta anticorpos que vão proteger a criança contra infecções e substâncias que ajudam no desenvolvimento físico e intelectual do pequeno”, explica o mastologista Anastasio Berrettini, presidente da Comissão de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Além disso, sugar o peito é um ótimo exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda na respiração e até no desenvolvimento da fala. “Todos os estudos mostram que a melhor nutrição nessa fase é o aleitamento materno”, observa o pediatra Luciano Borges, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O aleitamento materno ainda irá proporcionar uma série de benefícios para a mãe, para se ter uma ideia, amamentar diminui as chances de a mulher ter três tipos de câncer. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a cada ano de amamentação o risco da mamãe desenvolver câncer de mama diminui de 3 a 4%. “Isto ocorre devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas. O aleitamento também ajuda a prevenir o câncer de útero e de ovário”, diz Berrettini.
Por todos esses benefícios citados acima e muitos outros, privar o bebê da amamentação apenas por uma questão estética definitivamente NÃO é bom para a saúde do pequeno e nem para a saúde da mãe.