Mundo Bita: veja entrevista exclusiva com criador deste fenômeno
Se você é pai ou mãe de uma criança ou bebê as chances de você já ter se deparado com ao menos um vídeo do Mundo Bita é bem alta! Na realidade, sejamos sinceros, muito provavelmente você assistiu muitas vezes essa animação e já deve conseguir cantar com facilidade ao menos a clássica música “Fazendinha”. Mas você sabe qual é a história por trás deste grande fenômeno? Fizemos uma entrevista exclusiva com Chaps Melo, o criador desta animação e a voz por trás das canções, e ele contou tudo sobre este sucesso!
Chaps Melo, 45 anos, é designer e em 2011, ele e seus sócios trabalhavam com tecnologia. Eles eram pais recentes e então inicialmente tiveram uma ideia de criar um aplicativo para crianças. “Começou aquela coisa dos tablets, isso era 2011, tava chegando os tablets para as crianças. Todo mundo era pai novinho e a gente viu no lançamento dos tablets uma possibilidade de desenvolver conteúdo para a criançada em formato de livro digital infantil. Eu já desenhava, já tinha vontade de contar histórias. Então vimos no tablet essa possibilidade de contar histórias que a criança poderia interagir. E ai desse movimento de criar esses aplicativos, surgiu a ideia de colocar música nesse material. E foi a nossa primeira experiencia com o que a gente já faz hoje em dia, clipe animado”, contou.
O aplicativo não deu certo, pois as pessoas não queriam pagar para usá-lo. “A gente tentou comercializar esses aplicativos e a gente esbarrou em uma barreira cultural do Brasil que não tinha cultura de comprar aplicativo, era todo mundo meio desconfiado. Ainda é difícil hoje em dia, mas na época quase impossível. Então a gente viu que as pessoas gostavam do conteúdo, mas não conseguíamos espalhar”, explicou.
Foi quando eles decidiram mudar de plataforma e o Mundo Bita como conhecemos atualmente nasceu. “Então fomos para outra plataforma, que foi colocar esses vídeos no Youtube e também em DVD, que na época era uma plataforma viável. E a gente através da Sony, que foi nossa primeira parceira, conseguiu lançar nosso primeiro vídeo. E na mesma época, que era 2013, a gente conseguiu contato com o pessoal do Disc0very Kids que também gostou do conteúdo. A gente começou muito bem com esses dois parceiros que gostaram muito do conteúdo. E ai achamos nosso formato que era esse mundo de entretenimento, a coisa virou o Mundo Bita de fato. A primeira temporada foi o Bita e os animais”, contou.
Desde então, o sucesso do Mundo Bita é impressionante! Atualmente, são mais de 13,6 milhões de inscrito no canal do Youtube, com 19 bilhões de visualizações nesta plataforma! Além disso, são mais de 1500 apresentações em todo o Brasil, entre shows e espetáculos teatrais. Eles também fazem sucesso com vários produtos licenciados, são mais de três milhões de produtos vendidos!
Como o Mundo Bita cria as suas músicas
A criação das músicas do Mundo Bita segue uma ordem: anualmente Chaps e seus sócios, Felipe Almeida, 45 anos, João Henrique, 46 anos, e Enio Porto, 47 anos, definem junto com a equipe um tema que será abordado ao longo do ano.
E eles então criam suas músicas e clipes sempre relacionado a este tema principal do ano. “Geralmente a gente escolhe um tema bem antes do ano começar. No caso do ano que vem, a gente já escolheu o tema, já está trabalhando canções. Escolhemos um tema central, esse ano foi educação. E a gente falou da rotina geral da escola da criança. No caso do Bita, lidamos com crianças que muitas vezes estão começando a vida escolar. Então cada mês abordamos um assunto que faz parte da rotina da escola e assim vai. Escolhemos um tema central e destrinchamos este tema ao longo dos meses”, contou.
As escolhas dos temas e criação das músicas ainda é feita de forma muito orgânica. Porém, para temas mais delicados, eles buscam a opinião de especialistas. “A gente faz ainda muito pelo feeling, mas temos uma troca muito interessante com as famílias que consomem nosso conteúdo, vem muita ideia a partir do público, eles pedem muita coisa. Quando tem um tema mais delicado a gente busca também ajuda de um especialista. Por exemplo, quando fomos escrever ‘A diferença que nos une’, pedimos ajuda do pessoal da AACD. Porque podemos cometer erros até sem ter conhecimento de que estamos cometendo. Todos os trabalhos que são temas mais específicos, mais delicados, nós buscamos sim ajuda de pessoas mais especialistas”, explicou Chaps.
Antes do lançamento, os clipes também passam por um digamos, controle de qualidade! “A gente tem hoje em dia uma equipe bem maior do que tínhamos no começo, são pessoas que também tem filhos e participam também. Testamos com um laboratório maior do que o começo, mas é de uma forma muito interna ainda”, contou.
Parceria do Mundo Bita com Milton Nascimento e outros grandes nomes
Além de suas músicas próprias, o Mundo Bita também tem uma série de parcerias músicas, nas quais fazem novas versões de músicas de artistas renomados. O primeiro grande parceiro do grupo foi Milton Nascimento! “A nossa primeira parceria musical de peso, foi o Bituca (apelido de Milton Nascimento). A gente já deu um salto muito alto na nossa primeira parceria. Temos um amigo que trabalha com o Milton há muito tempo e trabalha com os shows do Bita também. A gente sabia que ele trabalhava com o Bituca e ai nós falamos: vamos ver se ele consegue só entregar uma coisa do Bita para o Bituca, um bonequinho, já seria uma honra ele só segurar o bonequinho. E a gente conseguiu. Ele gostou, achou engraçado”, contou Chaps.
Ele então continuou: “Eu chamei o Milton para entrar no Bita como desenho animado, a gente fazer uma música para ele cantar. Demorou, o namoro foi longo, mas quando concretizou foi muito bonito. Porque ele realmente abraçou a gente como padrinho. Ele convidou a gente para fazer outro trabalho de cara com ele. Quando a gente gravou ‘O Trem das Estações’, ele chamou a gente para gravar o ‘Bola de meia, bola de gude’. A gente frequenta a casa deles, vai em todos os aniversários”, revelou.
E foi Milton Nascimento quem abriu as portas para que Mundo Bita conseguisse parcerias com outros grandes nomes, como Caetano Velosos e Gilberto Gil. “Ele é um ser que nos levou a todas as outras parcerias. Ele é uma chancela para a gente. Imagina, qual pessoa não vai topar gravar com alguém que já gravou com o Milton? Ele nos trouxe o Caetano diretamente, e indiretamente trouxe o Gilberto Gil para gravar com a gente”, contou Chaps Melo.
O futuro do Mundo Bita
Para Chaps Melo, o maior desafio do Mundo Bita atualmente é se reinventar. “Toda empresa no ramo da animação não é fácil. Falando da minha área que é o conteúdo, o que vai para o fã ver, o maior desafio é se reinventar. A gente já falou de muitos temas, abordou muitas coisas, falar de temas atuais, ver o que as crianças querem nesse momento, são os desafios que nós temos, para não cansar o conteúdo”.
Chaps Melo ainda revelou que eles estão realizando uma mudança em relação as parcerias musicais. “Nós fizemos muitos nomes grandes da música, Alceu Valença, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Simone, são nomes que de certa forma construíram a música popular brasileira. E este ano a gente veio com uma proposta de fazer alguma coisa muito mais contemporânea, mais próxima da gente e mais próxima da idade dos pais que consomem Bita”, explicou.
Outro plano que segue firma é o de internacionalizar o Mundo Bita. Eles já têm versões do Bita para Portugal e em Espanhol, focado para a América Latina. “A gente gosta muito dessa coisa de colocar o bita no mundo, falar com todas as crianças. Mas a gente tem feito com bastante cuidado a tradução das músicas, porque tem que passar a mensagem da forma correta, que não machuque aquelas pessoas daquela cultura. Tudo isso são dificuldades que a gente vai vencendo, fazendo e estamos trabalhando naquela internacionalização”, revelou.
Entrevista completa com Chaps Melo, o criador do Mundo Bita
Como surgiu a ideia de criar o Mundo Bita?
Eu era sócio de mais dois amigos, que são meus sócios até hoje no Mundo Bita, eu era designer e a gente fazia algo que estava muito ligado a tecnologia, fazendo site e tal. E ai começou aquela coisa dos tablets, isso era 2011, tava chegando os tablets para as crianças. Todo mundo era pai novinho e a gente viu no lançamento dos tablets uma possibilidade de desenvolver conteúdo para a criançada em formato de livro digital infantil. Eu já desenhava, já tinha vontade de contar histórias. Então vimos no tablet essa possibilidade de contar histórias que a criança poderia interagir. E ai desse movimento de criar esses aplicativos, surgiu a ideia de colocar música nesse material. E foi a nossa primeira experiencia com o que a gente já faz hoje em dia, clipe animado.
A gente tentou comercializar esses aplicativos e a gente esbarrou em uma barreira cultural do Brasil que não tinha cultura de comprar aplicativo, era todo mundo meio desconfiado. Ainda é difícil hoje em dia, mas na época quase impossível. então a gente viu que as pessoas gostavam do conteúdo, mas não conseguíamos espalhar.
Então, fomos para outra plataforma, que foi colocar esses vídeos no Youtube e também em DVD, que na época era uma plataforma viável. E a gente através da Sony, que foi nossa primeira parceira, conseguiu lançar nosso primeiro vídeo. E na mesma época, que era 2013, a gente conseguiu contato com o pessoal do Disc0very Kids que também gostou do conteúdo. A gente começou muito bem com esses dois parceiros que gostaram muito do conteúdo. E ai achamos nosso formato que era esse mundo de entretenimento, a coisa virou o Mundo Bita de fato. A primeira temporada foi o ‘Bita e os animais’.
Como surgiu a ideia da criação dos personagens das três crianças? E dos plots?
Esses personagens acabaram vindo como uma forma de expandir o universo do Bita, povoar esse mundo. De certa forma eu penso que esses personagens foram descobertos pelo Bita (o personagem principal) ao longo da caminhada dele. As crianças vêm para gerar uma identificação do público, não poderíamos trabalhar só com o Bita que é um ser mágico, mas está na figura de um adulto ali. E os plots eles vêm para auxiliar o Bita nesse mundo mágico, lúdico. Vários personagens vão entrando nesse universo e enriquecendo.
Chaps, como a música entrou na sua vida?
Eu sempre fui muito ligado a música por conta da minha mãe, ela é professora de piano. Meu pai também era muito ligado a música, mas de uma forma de contemplar. Ele era colecionador de discos e hoje em dia eu coleciono discos também. Então, esse contato muito próximo me fez ter a vida ligada a música. Sempre tive banda de garagem, me aproximava do pessoal da música. Quando a gente começou a entender que iria fazer alguma coisa musical, eu logo me ofereci, me deixei disponível com meus sócios para fazer. Falei que poderia e tinha amigos músicos que poderiam participar.
Toda parte musical do Mundo Bita nasce da minha vontade de estar próximo da música. E todo o pessoal que eu fui trazendo na época são pessoas que estão até hoje com a gente. Um time que se formou lá no comecinho e segue até hoje conosco nos novos lançamentos.
Como foi a criação do seu tom de voz para as canções do Mundo Bita?
No começo tudo foi muito despretensioso, a gente não sabia direito como fazer, fomos colocando muito do nosso jeitinho mesmo. Nas músicas mais antigas eu ouço muito da minha voz natural e hoje achamos uma voz mais Mundo Bita. Eu ainda vejo minha voz em tudo, mas um pouco menos parecida. Eu coloco um timbre mais pro Mundo Bita. Mas não teve uma pesquisa em cima disso. O Bita é que nem um circo mambembe foi sendo construído fazendo no feeling, éramos pais recentes e mostrávamos para nossos filhos em casa. As pessoas se identificam muito com isso, as crianças criam dessa maneira.
Quando você percebeu o grande fenômeno que o Mundo Bita havia se tornado? Qual a primeira música a viralizar?
Fazendinha tem essa coisa viralizada, mas eu não acho que o Bita teve uma coisa muito vir4l que tomou conta do país. E isso eu não considero ruim. Cresceu de forma orgânica e com parcimônia. As coisas aqui do Bita a gente produz com muita calma, vai devargarzinho. O momento virada de chave eu considero quando nós tivemos esses grandes players do nosso lado, quando a Sony apostou em fazer o DVD com a gente, quando a gente entrou na grade do Disc0very Kids. Foi quando a gente viu pela primeira vez que dava para fazer disso um trabalho para a gente seguir nossas vidas, se debruçar em cima disso, entender que era concreto aquilo.
Gostaria de entender como é o processo criativo do Mundo Bita. Vi que criam um tema por ano, é isso?
É isso ai, geralmente a gente escolhe um tema bem antes do ano começar. No caso do ano que vem, a gente já escolheu o tema, já está trabalhando canções. Escolhemos um tema central, esse ano foi educação. E a gente falou da rotina geral da escola da criança. No caso do Bita, lidamos com crianças que muitas vezes estão começando a vida escolar. Então cada mês abordamos um assunto que faz parte da rotina da escola e assim vai. Escolhemos um tema central e destrinchamos este tema ao longo dos meses.
Profissionais da área da educação infantil participam do processo criativo de vocês de alguma forma? Se sim, como?
A gente faz ainda muito pelo feeling, mas temos uma troca muito interessante com as famílias que consomem nosso conteúdo, vem muita ideia a partir do público, eles pedem muita coisa. Quando tem um tema mais delicado a gente busca também ajuda de um especialista. Por exemplo, quando fomos escrever a diferença que nos une, pedimos ajuda do pessoal da AACD. Porque podemos cometer erros até sem ter conhecimento de que estamos cometendo. Todos os trabalhos que são temas mais específicos, mais delicados, nós buscamos sim ajuda de pessoas mais especialistas.
Vocês testam os vídeos antes com algumas crianças para ver se agradam ou não?
A gente tem hoje em dia uma equipe bem maior do que tínhamos no começo, são pessoas que também tem filhos e participam também. Testamos com um laboratório maior do que o começo, mas é de uma forma muito interna ainda.
Como foi o início das parcerias musicais?
A nossa primeira parceria musical de peso, foi o Bituca (apelido do Milton Nascimento). A gente já deu um salto muito alto na nossa primeira parceria. Temos um amigo que trabalha com o Milton há muito tempo e trabalha com os shows do Bita também. A gente sabia que ele trabalhava com o Bituca e ai nós falamos: ‘vamos ver se ele consegue só entregar uma coisa do Bita para o Bituca, um bonequinho, já seria uma honra ele só segurar o bonequinho’. E a gente conseguiu. Ele gostou, achou engraçado, eu chamei ele para entra no Bita como desenho animado, a gente fazer uma música para ele cantar, demorou, o namoro foi longo, mas quando concretizou foi muito bonito. Porque ele realmente abraçou a gente como padrinho. Ele convidou a gente para fazer outro trabalho de cara com ele. Quando a gente gravou ‘O trem das estações’, ele chamou a gente para gravar o ‘Bola de meia, bola de gude’. Hoje em dia a gente frequenta a casa dele, vai em todos os aniversários.
Qual parceria musical foi mais marcante para você? E por quê?
Não tem como não ser o Milton nascimento, ele é um ser que nos levou a todas as outras parcerias. Ele é uma chancela para a gente. Imagina, qual pessoa não vai topar gravar com alguém que já gravou com o Milton? Ele nos trouxe o Caetano diretamente, e indiretamente trouxe o Gilberto Gil para gravar com a gente.
Tem planos para novas parcerias? Se sim, poderia nos falar com quem?
Nós fizemos muitos nomes grandes da música, Alceu Valença, Milton, Caetano, Simone, são nomes que de certa forma construíram a música popular brasileira. E este ano a gente veio com uma proposta de fazer alguma coisa muito mais contemporânea, mais próxima da gente e mais próxima da idade dos pais que consomem Bita.
Existe algum nome na música que você ainda não realizou o sonho de fazer parceria? Se sim, quem?
A gente tinha um sonho muito grande que seria gravar com a Gal Costa, entre esses que a gente gravou, não conseguimos a Gal porque ela partiu. Mas a gente de certa forma realizou o sonho de ter a Gal no Mundo Bita através da música ‘Barato total’ que a gente fez em parceria com o Gilberto Gil. E o Gil conseguiu trazer a voz da Gal original dessa música. E a gente cantou em trio, eu, o Gil e a Gal, com a gravação original dela de ‘Barato total’. De certa forma realizou o sonho e está ecoando para sempre dentro do Mundo Bita.
Entre as composições do Mundo Bita, qual é a sua preferida? E por quê?
Eu tenho muitas músicas que eu gosto muito. A que me marca muito é a diferença que nos une. Por conta de tudo que ela representa de força para uma parcela do público do Bita que é muito grande e apaixonada pelo Bita. E como essa música marca essas pessoas, é muito importante ter uma música como essa na vida dessas pessoas. Ela causa tanto alvoroço entre os nossos fãs. Marca muito a gente, são experiencias emocionantes. E convivendo com as pessoas ao vivo, elas trazem relatos emocionantes de experiências com essa música.
O Mundo Bita atualmente está presente nas mais diferentes áreas, para além dos vídeos e shows, temos fraldas, brinquedos, decoração de festas, material escolar… Como vocês administram tudo isso?
A gente trabalha toda essa parte de produto com essa metodologia de licenciamento. A gente tem uma agência em São Paulo que é a Tycoon e ela cuida de todos os parceiros que licenciam produtos do Mundo Bita. Cada um dos produtos é um parceiro específico que produz aquele produto específico senão não teríamos nem braço para fazer.
Atualmente, com a marca já consolidada tanto na internet quanto fora dela, quais considera que são os maiores desafios do Mundo Bita?
Toda empresa no ramo da animação não é fácil. Falando da minha área que é o conteúdo, o que vai para o fã ver, o maior desafio é se reinventar, a gente já falou de muitos temas, abordou muitas coisas, falar de temas atuais, ver o que as crianças querem nesse momento, são os desafios que nós temos, para não cansar o conteúdo. Não ficar aquela coisa que fique repetitivo, cansativo. Esse é o maior desafio criativo.
Como está o projeto de internacionalizar o Mundo Bita?
Estamos com esse plano de internacionalizar, tem pouco mais de um ano. Estamos devagarzinho, Portugal já é mais forte. O conteúdo em espanhol tá se desenvolvendo na área da América Latina. A gente gosta muito dessa coisa de colocar o Bita no mundo, falar com todas as crianças. Mas a gente tem feito com bastante cuidado a tradução das músicas, porque tem que passar a mensagem da forma correta, que não machuque aquelas pessoas daquela cultura. Tudo isso são dificuldades que a gente vai vencendo, fazendo e estamos trabalhando naquela internacionalização.