‘Por que ajudar? Bebê não vai viver’, disse médico ao me deixar só no parto
A história emocionante da mãe Tiffany Leslie Pasilla e sua bebê foi de luta desde o nascimento, confira a seguir
Confira a seguir o emocionante relato da mãe norte-americana Tiffany Leslie Pasilla que decidiu lutar por sua bebê que nasceu com uma rara síndrome chamada Síndrome de Edwards. A mãe contou a história da família em um emocionante relato ao portal Love What Matters. Confira a seguir:
“’Por que ajudá-la? O bebê não vai viver!”, foi isso o que eu ouvi o médico neonatologista que deveria cuidar da minha filha logo após o nascimento dizer. Eu estava na sala de parto do hospital ao lado da dele, dando à luz sozinha, sem um médico, apenas com meu marido e a minha doula. Mas eu estava determinada a dar para minha filha Aiyana a chance que ela merecia de viver e eu não iria deixar este médico me impedir.
Os exames feitos na gestação, já haviam mostrado que minha bebê era portadora da Síndrome de Edwards. Esta é uma doença genética causada pela trissomia do cromossomo 18, faz com que a pessoa carregue três cópias do cromossomo 18 ao invés de duas. As chances de sobreviver por mais de um ano com esta síndrome são baixíssimas.
O medo e a sensação de solidão que senti durante as minhas 30 horas de trabalho de parto foram terríveis. Já havia sido um milagre eu ter conseguido chegar até o parto e com 39 semanas de gravidez porque 85% dos bebês com a Síndrome de Edwards morrem na gravidez ou nascem mortos.
Às 02:23 da madrugada do dia 21 de setembro de 2018 minha filha nasceu pesando 1, 88 kg. O crescimento dos bebês com esta síndrome acaba ficando restrito no útero, por isso ela nasceu com esse peso.
Aiyana nasceu bem cabeluda e cheia de vontade de viver! Todos na sala de parto se emocionaram. Naquele momento em comecei a pensar no futuro e me assustei. Será que ela seria um dos apenas 10% com esta síndrome que sobrevivem até o aniversário de um ano?
Atualmente, minha Aiyana tem cinco meses. Ela já passou por muita coisa: cirurgia no coração, câncer no fígado e tantas outras complicações.
Às vezes eu me perguntou se estou insistindo demais, se estou indo longe demais. Mas então eu vejo a Aiyana junto com a irmã mais velha, Leilani. Leilani dá um beijo na cabeça da irmãzinha. A Aiyana devolve o carinho com um lindo sorriso e então eu sei que eu estou agindo certo. Minha Leilani merece passar estes momentos com a irmã, e a Aiyana merece a chance de viver pelo tempo em que ela conseguir.
Eu continuo lutando porque quando o dia inevitável chegar em que a Síndrome de Edwards levar minha filha, eu vou saber que fiz todo o possível para que ela tivesse uma boa vida e se sentisse muito amada”.