A fotógrafa Krystena Murray, 38 anos, notou que algo estava errado assim que seu bebê nasceu. Ela havia realizado uma fertilização in vitro para engravidar. Mas meses após o nascimento de seu filho, Krystena descobriu a difícil verdade: ela não era a mãe biológica da criança, a clínica implantou o embrião de outro casal nela.
Krystena já ficou em choque logo quando seu filho nasceu. Isto porque ela é br4nca, loira e de olhos azuis e havia decidido ser mãe solo por meio de fertilização in vitro com s3men de doador. Krystena escolheu um doador também branc0, loiro e de olhos azuis. Mas assim que seu filho nasceu, Krystena percebeu que o pequeno era negr0.
Inicialmente, Krystena pensou que havia acontecido um erro em relação ao doador do s3men. Ou seja, pensou que seu óvulo havia sido fertilizado com o s3men de um homem negr0, diferente daquele que tinha selecionado. Se o erro fosse este, Krystena ainda seria a mãe biológica do bebê.
Porém, ao realizar um teste de DNA com seu filho, Krystena descobriu que a situação era ainda pior. Nem mesmo ela era a mãe biológica da criança. O que aconteceu foi que a clínica Coastal Fertility Specialists dos Estados Unidos, na qual ela fez a fertilização in vitro, implantou o embrião de outro casal em Krystena.
“O nascimento do meu filho deveria ser o momento mais feliz da minha vida. E honestamente, foi. Mas também foi o momento mais assustador da minha vida. Toda a alegria que eu deveria sentir ao ver meu filho pela primeira vez, foi substituída por med0. Como isso pode ter acontecido?”, desabafou Krystena no processo que está movendo contra a clínica.
O bebê nasceu em dezembro de 2023. Apesar do susto diante da aparência diferente do esperado de seu filho, Krystena se conectou com ele após o nascimento. “Até fazermos o teste de DNA e sair o resultado, eu estava achando que era um erro com o espermatozoide e não com o embrião!”, contou.
Porém, em fevereiro de 2024 saiu o resultado do teste de DNA apontando que Krystena não era a mãe biológica do menino. Ou seja, havia ocorrido sim uma troca de embriões. Diante disso, Krystena precisou comunicar a clínica sobre o acontecido.
Já a clínica, por sua vez, avisou os pais biológicos da criança. Os pais biológicos, que não tiveram os nomes divulgados, entraram com uma ação pedindo a guarda da criança.
A mãe precisou dar o bebê aos pais biológicos 5 meses após parto
Sendo assim, cinco meses após o nascimento do bebê, Krystena teve que dar o pequeno para os pais biológicos e nunca mais o viu. “Eu entrei naquele tribunal uma mãe com um filho, um filho que me amava, que era muito ligado a mim. E eu saí de lá com um carrinho vazio e eles saíram com o meu filho”, desabafou ela para o canal norte-americano NBC.
Krystena ainda desabafou dizendo: “Ele cresceu dentro de mim, eu pari ele, eu criei ele, eu amei ele. Para mim não faz diferença se ele é meu geneticamente ou não”.
Para piorar toda a situação, o advogado de Krystena ainda revelou que a clínica não soube responder se os embriões de Krystena foram implantados em outras mulheres. A clínica não soube responder sequer onde estão os embriões de Krystena! “No momento nós não sabemos o paradeiro dos embriões de Krystena”, disse o advogado Adam Wolf.
Krystena está processando a clínica de fertilização in vitro por negligência, entre outras coisas. Os pais biológicos do bebê também estão processando a clínica. Diante do ocorrido, a clínica emitiu uma nota.
Na nota, eles disseram: “Nós sentimos muito o estresse e sofrimento que causamos com este erro sem precedentes na transferência de embriões. Este foi um caso isolado e nenhum outro paciente foi afetado. No dia em que este erro foi descoberto, nós imediatamente fizemos uma análise dos outros casos e aumentamos a segurança e cuidado com os embriões para proteger nossos pacientes”.