Menino achado após 6 anos desaparecido faz 1ª aparição e fala
O menino britânico Alex Batty, 17 anos, que estava desaparecido há seis anos e foi encontrado há 11 dias na França falou pela primeira vez. A guarda de Alex pertencia a sua avó materna, mas a mãe dele, Melanie Batty, hoje com 48 anos, juntamente com o avô materno, David Batty, o levaram contra a sua vontade e sem o consentimento da avó.
Isto ocorreu quando Alex quando 11 anos de idade. E desde que levou seu filho ilegalmente, Melanie, David e Alex deixaram a Inglaterra e passaram a viajar por diversos locais do mundo. Alex decidiu fugir de sua mãe e avô agora após uma discussão. Ele ainda relatou que havia percebido que a vida nômade com sua mãe e avô não era o que ele queria.
Na ocasião, os três estavam nos Pirineus da França. O menino então embalou quatro camisetas, três pares de calças, meias, uma tocha, 100 euros e um canivete suíço e partiu na madrugada para que sua mãe não percebesse.
Ele andou por dois dias na neve até um carro parar e lhe oferecer uma carona. O adolescente então foi para as autoridades e surpreendeu todos ao revelar que estava desaparecido há seis anos! Dois dias depois, ele retornou para a Inglaterra e reencontrou com a avó materna.
E agora, Alex falou pela primeira vez sobre tudo que passou. “Eu percebi que aquele estilo de vida não era bom pro meu futuro. Com o que vi nos últimos anos, eu pude ter uma boa ideia de como seria meu futuro. Mudando o tempo todo. Nenhum amigo, nenhuma vida social. Trabalho, trabalho, trabalho, nenhum estudo. Ainda morando nas montanhas, no meio do nada, sem pessoas da minha idade. Minha mãe até é uma boa pessoa, mas não é uma boa mãe. Ela não faz as coisas que as mães deveriam fazer”, contou ele ao The Sun.
O menino revelou que ao longo desses anos só conseguiu fazer um amigo de sua idade. E que o pouco que conseguiu estudar era por conta própria, já que nunca frequentou a escola. Eles viviam de comunidade alternativa em comunidade alternativa.
A avó de Alex nunca havia deixado de procurá-lo, mas como ele, a mãe e o avô viviam se mudando e ele também não tinha nenhum documento, encontrá-lo era extremamente difícil. “Eu fiquei tão feliz quando reencontrei minha avó e meu avô paterno, dei grandes abraços nele. A casa da minha avó está diferente, mas ainda me sinto em casa lá. É muito bom poder voltar. Eu tenho recebido muita ajuda da assistência social e eu quero voltar para a escola”, contou.
O adolescente falou sobre seus planos para voltar a escola. “Eu falo um pouco de francês, então agora quero estudar isso. Eu vou seguir estudando. E eu quero cursar ciência da computação. Então nos próximos tempos vou ficar bem ocupado estudando”, disse ele.