Mãe de 3 tem alta do hospital, após 4 meses internada com COVID-19
A mãe passou cerca de 100 dias hospitalizada e sem o contato com a família
Reyna Lopez vive nos EUA e é mãe de três filhos. Além das crianças de 4 e 2 anos, ela também tem um recém-nascido de apenas 6 meses! Em junho de 2020, Reyna testou positivo para o COVID-19.
À primeira vista, a situação parecia desesperadora. Porém, as coisas se tornaram ainda mais complicadas. Dias depois ela foi internada na UTI. Ao passo que a mamãe permanecia no hospital, o marido e outros familiares se revezavam nos cuidados com os pequenos.
Afinal, Reyna foi hospitalizada dois meses após dar à luz ao caçula, Noah. No total, foram mais de 100 dias internada lutando contra o coronavírus. Ainda assim, em boa parte desses dias ela permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva e sedada.
“Eu ligava cerca de seis vezes por dia e simplesmente nada mudava e ela continuava muito doente. Frequentemente, era sempre a mesma coisa; dia após dia, semana após semana. Em outras palavras, foi desolador”, relembrou o marido, Rodolfo Lopez, ao programa Good Morning America.
Nesse meio tempo em que ela já estava no hospital, tanto o marido quanto o recém-nascido também testaram positivo. Contudo, os dois apresentaram sintomas mais leves da doença. “Foi uma experiência horrível, a ponta de um iceberg. Eu estava doente, com um bebê de 2 meses. Não conseguia chegar perto das minhas filhas, nem falar com minha esposa”, afirmou Rodolfo.
Aproximadamente 4 meses se passaram, até que a mamãe pudesse sair do hospital. Mas, ela ainda irá levar mais alguns dias para poder se reunir com os filhos. Noah, por exemplo, ficou sob os cuidados da avó paterna e está há mais de 2 mil quilômetros de distância dos pais.
“Eu bloqueio essas memórias. É muito difícil para mim. Sinto como se tivesse perdido muito tempo com eles. Eles estão tão grandes agora”, desabafou Reyna.
Ela tem lúpus e artrite reumatoide. Apesar disso, as doenças eram controladas. Então, os médicos não conseguem explicar o motivo de tantas complicações, nem como a mamãe se recuperou. Mesmo em casa, a mamãe ainda precisa de acompanhamento e sessões de fisioterapia para reaprender a andar e a falar.
Além disso, Reyna continua com o auxílio do oxigênio para respirar. “Às vezes, tudo que quero é deitar na minha cama e descansar. Mas, não posso fazer isso porque minha vida precisa voltar ao normal. Minhas duas filhas estão grudadas em mim, tenho que ‘voltar’ para todos eles. É isso o que importa!”, conclui a mamãe.