Mulher negra adota três crianças brancas: “amor é amor”
A mulher relatou que precisou lidar com preconceito ao adotar as crianças e que foi confundida com a babá dos filhos
Treka Engleman perdeu a própria mãe quando tinha apenas seis anos. Apesar de ser a caçula em uma família com 11 filhos, ela sempre gostou muito de crianças e cresceu rodeada de primos e sobrinhos.
Assim que se formou no ensino médio, começou a trabalhar como babá. Foi então que começou a sonhar com a maternidade, mas Treka não queria apenas se tornar mamãe, ela queria ser uma mamãe adotiva!
Mesmo sendo solteira, ela foi até um orfanato para dar início ao processo de adoção. “Fiquei órfã muito cedo, mas não conseguia me imaginar sem a minha família. Eu gostaria de adotar todas os pequenos que pudesse”, relembra Treka, em depoimento ao site Love What Matters.
Depois de algumas reuniões, chegou a hora de preencher a extensa papelada. Era preciso definir sexo, raça e faixa etária. Ela ticou praticamente todas as opções daquela lista. “Amor é amor, não importa a cor que você seja”, afirma. A única coisa que ficou especificada é que gostaria que meu filho tivesse entre 4 e 5 anos.
Ansiosa, ela esperou por alguns meses, mas sem respostas. Então, ligou para o orfanato e decidiu incluir bebês na sua lista de opções. No dia seguinte, seu telefone tocou! Um recém-nascido de apenas cinco dias precisava de um lar. E foi assim que, em dezembro de 2016, Treka se tornou mamãe do pequeno Elijah Lee Hill.
Em maio de 2017, o telefone voltou a tocar. Dessa vez, eram duas irmãs que estavam na fila de adoção. Claro, que a resposta de Treka foi um sonoro “sim”! Na mesma noite, ela recebeu sua nova filha, Alexis Bowman. Já a irmã, Mercedes Bowman, tinha se metido em alguns problemas e teve que ficar quase um ano em um abrigo.
Recentemente, em novembro de 2019, o quarteto virou legalmente uma família, o time Engleman! Negra, solteira e com apenas 30 anos, ela teve que superar muito preconceito junto com os filhos. “Já tive pessoas perguntando: ‘você é a babá deles?’. Minha resposta é simples: ‘eles são meus filhos’. Nunca digo filhos adotivos, porque para mim eles são simplesmente meus filhos. É isso que eles são e o que sempre serão. Tanto faz se você é solteiro, casado, divorciado, preto ou branco; você pode mudar a vida de alguém”, conclui.