Ao contrário do que muitos acreditam, passar secreções vaginais no bebê logo após o parto pode prejudica-lo
Um cuidado que está se tornando cada vez mais famoso após a cesárea pode prejudicar o bebê. A técnica consiste em passar fluidos vaginais da mãe no rosto, boca e corpo do recém-nascido.
A ideia desta técnica é que ao fazer isso é possível aumentar a imunidade do bebê, fazendo com que ele fique mais resistente a doenças como asma e alergias. Acreditava-se que este benefício poderia ocorrer justamente porque os recém-nascidos que nascem de parto normal tem uma resistência maior quando comparado com aqueles que vêm ao mundo por meio de cesárea. E isto ocorre porque o pequeno entra em contato com a mucosa vaginal da mãe.
Porém, um estudo publicado pela Sociedade Dinamarquesa de Ginecologia e Obstetrícia descobriu que esta técnica pode causar alguns riscos para o bebê. “Não existe nenhum estudo que mostre que essa técnica realmente proporciona benefícios. E ainda há o risco do bebê contrair doenças sexualmente transmissíveis. O melhor a fazer para aumentar a imunidade do bebê após a cesárea é amamentar e deixa-lo no seu colo, fazendo contato pele a pele”, disse a autora do estudo e ginecologista obstetra, a Dra. Tine Dalsgaard Clausen, em entrevista ao jornal britânico DailyMail.
De acordo com o outro autor do estudo, professor John Thorp, esta pesquisa mostra que a técnica deve deixar de ser feita após a cesárea. “Esta pesquisa deve deixar claro para as mulheres que passam por cesárea que a prática de passar fluidos vaginais no bebê após o parto não é segura e é desnecessária. Existem outras formas de aumentar a imunidade do bebê”, disse John Thorp em entrevista ao jornal britânico DailyMail.
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