Cólicas no bebê: mitos e verdade
Veja o que é verdade e o que mito sobre os tratamentos e as causas das cólicas do bebê
Entre a segunda e a terceira semana de vida, o bebê passa a apresentar crises de choro e momentos de desconforto. Na grande maioria das vezes isto ocorre por causa das cólicas. “Esta é uma das principais queixas dos pais nas consultas. Muitos não sabem distinguir um choro de fome e de cólica. A dica simples é que se parar de chorar ao mamar, realmente era fome. O sentimento de impotência e angústia é trazido pelos pais em consulta. Sempre devemos lembrar que esta situação é transitória e que ao fim a criança se manterá saudável”, explica o pediatra Thiago Caldi, da Clínica Especialidades Integrada. As cólicas tendem a acabar aos três meses de vida do bebê.
Diante das cólicas, surgem uma série de alternativas para aliviar o problema ou de justificativas sobre por que elas estão ocorrendo. A seguir, veja o que realmente é verdade e o que é mito sobre as cólicas do bebê.
Dar chás ajuda a aliviar as cólicas no bebê
Mito! Não existem estudos que comprovem que os chás ajudam a aliviar as cólicas no bebê. A oferta de chás e outros líquidos, além do leite materno, para bebês com menos de seis meses favorece o desmame precoce. “Outro ponto negativo é que os chás podem diminuir a absorção de ferro presente no leite e isto atrapalhar no crescimento e desenvolvimento do bebê”, alerta o pediatra Thiago Caldi, da Clínica Especialidades Integrada.
A maneira como a mãe amamenta pode favorecer cólicas no bebê
Parcialmente verdade. Não há uma correlação direta entre a maneira como a mãe amamenta ou oferece a fórmula ao bebê e as cólicas. “Porém, devemos reforçar que o excesso de gases pode piorar estas cólicas. Logo evitar nariz entupido, pois com a dificuldade em respirar ao amamentar pode favorecer que a criança engula ar junto ao leite”, destaca Thiago Caldi. Veja como limpar o nariz entupido do bebê aqui. Também é importante realizar a pega correta durante a mamada a fim de prevenir que o bebê engula ar durante a mamada. Veja a pega correta aqui.
A alimentação da mãe favorece as cólicas no bebê
Parcialmente verdade. Este é um tema muito discutido entre os pediatras e gera uma série de controvérsias. “Muitas vezes a mãe restringe absurdamente a própria dieta visando achar uma causa que relacione com as cólicas de seu filho. No final, nota-se que a criança mantém as cólicas, independente de todo o esforço, e a amamentação que deveria ser algo agradável, com tantas restrições torna-se tão difícil que muitas desistem”, explica Thiago Caldi.
Inicialmente, é importante ter uma dieta saudável e equilibrada e controlar alguns alimentos. “Deve-se ter atenção com os alimentos ricos em cafeína, como o café, o chocolate, os refrigerantes e chás preto e verde. O consumo excessivo de leite e derivados também pode causar desconforto no bebê”, conta a pediatra e neonatologista Flavia Oliveira, da Clínica MedPrimus.
Os cuidados com outros grupos alimentares só devem ser tomado caso além das cólicas o pequeno apresente sangramento nas fezes. Nesta situação é essencial conversar com o pediatra sobre quais procedimentos devem ser tomados.
Pode dar remédios para aliviar as cólicas
Parcialmente verdade. Remédios como analgésicos e antiespasmódicos devem ser evitados por não apresentarem eficácia comprovada e pelo risco de efeitos adversos. Contudo, os pediatras podem indicar outros medicamentos. “Hoje o uso de probióticos é considerado o tratamento mais eficaz contra as cólicas do lactente, pois acredita-se que o processo de formação da flora intestinal seria o principal fator para o desconforto intestinal dos bebês”, explica Flavia Oliveira. Porém, é essencial conversar com o pediatra antes de oferecer qualquer medicamento para o seu bebê.
Massagens ajudam a aliviar as cólicas no bebê
Verdade! “Com certeza as massagens ajudam muito na eliminação de gases, desta maneira auxiliando no desconforto abdominal. O uso de bolsas de água morna também é recomendado”, destaca Flavia Oliveira.
Saiba mais sobre as cólicas do bebê aqui.