Um cuidado ao colocar o bebê na cadeirinha o fez escapar são e salvo do acidente
Colocar o bebê sentado de costas para o motorista fez com que ele sobrevivesse, tendo apenas o fêmur quebrado
Era um dia normal em que a mãe Kylee Barrett andava de carro com os dois filhos, Kolton, de cinco anos, e Hunter, um ano. Quando o carro de Kylee derrapou na estrada e bateu contra uma árvore, que caiu exatamente no lado em que o pequeno Hunter estava sentado.
Como você pode ver na imagem da cadeirinha acima e na foto abaixo do veículo após o acidente, o local em que Hunter estava foi destruído. Porém, por incrível que pareça, ele teve apenas o fêmur quebrado e se recupera bem. Kolton e Kylee escaparam sem lesões graves. A mãe de Hunter tem certeza que o pior não aconteceu porque a cadeirinha do pequeno estava de costas para o motorista. Isto porque o assento se curvou e absorveu a força do impacto, protegendo Hunter em uma espécie de “capsula” durante a batida. “Eu tenho certeza que meu filho só sobreviveu porque a cadeirinha estava de costas para o motorista. Pais, por favor, deixem a cadeirinha dos filhos de vocês de costas para o motorista o maior tempo possível”, disse Kylee Barrett.
A seguir, veja como ficou o carro de Kylee após o acidente:
A recomendação da Academia Americana de Pediatria e como é no Brasil
Desde 2011 a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda que os pais deixem a cadeirinha virada de costas para o motorista até dois anos da criança ou até que ela atinja o peso e altura máxima para esta cadeirinha.
A recomendação anterior dizia que os bebês deveriam ficar de costas até apenas um ano de vida e depois já poderiam virar para a frente. Porém, após uma série de estudos, os membros da AAP notaram problemas em virar a cadeirinha do bebê tão cedo. “Quando a cadeira para auto está voltada para as costas do motorista, ela faz um trabalho melhor em suportar a cabeça do bebê, seu pescoço e coluna vertebral porque distribui melhor a força da colisão por todo o corpo”, afirma o pediatra Dennis Durbin, membro da AAP e um dos autores desta nova recomendação.
Além disso, os pediatras da AAP também notaram que quando a recomendação era virar a cadeirinha com um ano de idade, os pais tendiam a fazer isso antes do pequeno completar um ano. E isto colocava o bebê em grandes riscos.
Infelizmente, no Brasil a legislação ainda está desatualizada e a recomendação é virar a cadeirinha para frente quando o bebê tiver um ano de vida.
A própria Sociedade Brasileira de Pediatria reconhece o atraso da legislação no nosso país e afirma que as melhores evidências científicas, que contraindicam a migração do bebê-conforto para a cadeirinha antes de cerca de dois anos de idade; desta para o assento de elevação antes dos 18 kg de peso, o que pode ser até os sete anos de idade. Assim como o cinto de segurança antes da criança ter 1,45m de estatura, o que ocorre entre nove e treze anos. Assim, cabe aos pais certificarem-se de que seus filhos utilizem os equipamentos mais seguros e adequados, independentemente da lei.
Por isso, ao adquirir a cadeirinha do seu filho, procure optar por um modelo que possa ficar de costas para o motorista até cerca de dois anos do bebê.