Vacinas do bebê: mitos e verdades
Criança doente não pode ser vacinada? Reação à vacina é sinal de eficácia? Desvende esses e outros mitos sobre vacinas no bebê
Conversamos com a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Nacional e presidente da Regional do Rio de Janeiro, e esclarecemos os principais mitos sobre a vacinação dos bebês e crianças. Confira quais são essas crenças em torno da imunização e descubra se são reais ou não.
Se a criança estiver doente, ela não deve ser vacinada.
Parcialmente verdade. Isto irá depender da doença e da orientação do pediatra. “Normalmente quando há febre recomendamos adiar, não que vá fazer mal, mas uma das reações a vacina já pode ser a febre. Contudo, diarreias e resfriados não são contraindicações”, diz Isabella Ballalai. Evite oferecer antitérmicos ou anti-inflamatórios antes ou depois das vacinas sem a orientação de um pediatra. Isto porque os medicamentos podem interferir na eficácia da imunização.
Quando a criança tem reação à vacina é sinal de eficácia.
Parcialmente verdade. “A única reação que esperamos é a da vacina Bacilo Calmette-Guérin (BCG), aquela na qual o bebê toma no primeiro mês de vida e que leva a marquinha no braço. Se o bebê tomou a vacina e ficou sem esta marca, pode ser necessário tomar a dose novamente”, conta Ballalai. Outros casos de reação não significam a eficácia ou não das vacinas.
A criança que vomitou após tomar a gotinha deve tomar outra dose.
Mito. Tanto no caso da gotinha contra a poliomielite, quanto no da contra o rotavírus não é necessário repetir a dose se a criança vomitar após tomá-las. “A quantidade que temos em um frasquinho são mais do que o necessários, assim mesmo que a criança vomite não é preciso repetir”, explica Ballalai.
Vacinas combinadas não são tão eficazes.
Mito. Toda a vacina combinada licenciada que está na clínica privada ou na rede pública é tão eficaz quanto as outras. “Se não tivéssemos as imunizações combinadas a criança receberia 40 injeções até os 18 meses, a tendência é ter ainda mais combinações”, constata Ballalai.