Comer doces a base de alcaçuz na gravidez pode prejudicar o bebê
Estudo descobriu que o alcaçuz possui uma substância que pode causar graves problemas no bebê, entenda
É difícil resistir à tentação. Em saquinhos plásticos ou à granel em lojas, os doces a base de alcaçuz fazem grande sucesso em todo o mundo. Diversos doces possuem o alcaçuz em sua composição, como os famosos tubinhos vermelhos (ou com outras cores) e até mesmo algumas balinhas coloridas de gelatina.
Contudo, uma pesquisa finlandesa publicada na revista científica American Journal of Epidemiology acaba de descobrir que é melhor que as gestantes evitem doces e outros alimentos que possuam alcaçuz em sua composição.
Isto porque o alcaçuz conta com uma substância chamada glycyrrhizin. E os pesquisadores descobriram que esta substância aumenta os níveis de cortisol, hormônio do estresse que pode afetar o desenvolvimento nervoso do feto.
No estudo, feito com 1049 mães e seus bebês que nasceram em 1998, os hábitos alimentares das mulheres na gestação foram acompanhados pelos especialistas. E depois, o desenvolvimento de seus filhos ao longo dos anos também foi observado.
Os pesquisadores notaram que aos 13 anos, as crianças cujas mães tinham ingerido mais alimentos à base de alcaçuz possuíram alguns problemas com maior frequência do que as outras crianças.
Em média, os filhos das mães que ingeriram muito alcaçuz na gravidez apresentaram sete pontos a menos no QI (quociente de inteligência) e tiveram três vezes mais chances de desenvolver transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, condição que inclui sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Por fim, as meninas cujas mães ingeriram mais alcaçuz na gravidez tiveram maiores chances de desenvolver a puberdade precoce. “Sabemos que ainda são necessários mais estudos para se entender bem os efeitos do consumo do alcaçuz na gestação, porém, se você pode evitar este alimento na gravidez, recomendo que já o faça”, disse o autor do estudo Katri Raikkonen, professor da Universidade de Helsinki, na Finlândia, em entrevista ao jornal The New York Times.