Álcool na gravidez, será que existe uma dose segura?

Kelly Ferreira
O álcool na gravidez é seguro?

Entenda por que na gravidez é recomendado evitar o consumo de bebidas alcoólicas

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Durante a gravidez é comum que as mamães deixem de consumir álcool. Essa é uma das principais recomendações médicas para o período. Ela deve se estender desde as primeiras semanas de gestação até o final dos 9 meses.

Isso acontece principalmente porque o nível de álcool no sangue da mãe atravessa livremente a placenta. Ou seja, o que está presente no sangue da grávida também estará no sangue do feto. Logo, as bebidas chegam até o bebê por meio da troca de nutrientes na placenta.

Se considerarmos que o feto está em formação e que o fígado dele ainda não é desenvolvido o suficiente para processar álcool, esses já seriam bons motivos para deixar o copo de lado. “O recomendável é evitar essas bebidas sempre”, enfatiza o ginecologista obstetra Roberto Antonio de Araujo Costa, professor assistente da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista – “Júlio de Mesquita Filho”.

Vale lembrar que não existem estudos que possam recomendar uma dosagem segura de álcool para grávidas. Uma vez que pesquisas com gestantes são totalmente antiéticas, não é possível assegurar quanto a futura mamãe poderia e se ela realmente pode beber sem interferir na formação e na saúde do feto.

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O principal problema do consumo de álcool na gestação é a Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF), que está associada as alterações neurológicas e ao crescimento. Assim como as dosagens de álcool impactam as pessoas de formas diferentes, o mesmo acontece nas gestantes. Então, mesmo dosagens consideradas baixas podem fazer com que algumas mulheres desenvolvam SAF.

Segundo a Organização Nacional da Síndrome do Alcoolismo Fetal dos Estados Unidos, somente no país, cerca de 40 mil bebês são afetados a cada ano pela doença. O número representa um a cada 100 recém-nascidos. Além de problemas de saúde nos bebês, os reflexos da síndrome podem se manifestar tardiamente nas crianças, com sintomas como o déficit de atenção, por exemplo.

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