Gravidez e coronavírus: como fica o pré-natal durante a pandemia
Entenda como fica o pré-natal das gestantes durante a pandemia do novo coronavírus, de acordo com a Febrasgo
A pandemia do novo coronavírus está gerando uma série de dúvidas. E um dos grupos que mais está com dúvidas neste momento são as gestantes. Afinal, as grávidas precisam realizar o pré-natal, que envolve uma série de exames e consultas médicas ao longo da gravidez.
Diante disso, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) divulgou suas recomendações para o pré-natal durante a pandemia do coronavírus. Vale lembrar que esta é a orientação geral da Febrasgo para os ginecologistas obstetras e suas pacientes.
Contudo, é essencial que cada gestante converse com seu ginecologista obstetra neste momento para saber exatamente como devem proceder.
A recomendação da Febrasgo sobre os exames de pré-natal é a seguinte: “As consultas de pré-natal deverão seguir as rotinas habituais, de acordo com seu risco, presença de intercorrências ou morbidades. Em todas as consultas recomenda-se investigar a presença de sintomas gripais e/ou contatos recentes com pessoas infectadas pelo Covid-19. Reforçamos que as gestantes devem permanecer o mínimo de tempo necessário para a realização das consultas de pré-natal, evitando ao máximo aglomerações em salas de esperas”.
A Febrasgo ainda recomenda que as gestantes não levem um acompanhante para as consultas e que o intervalo entre as consultas seja maior: “Também devemos recomendar que as pacientes compareçam sem acompanhantes nas consultas. Os intervalos entre consultas e realização de exames poderão ser ampliados, sempre avaliando-se riscos e benefícios, com intuito de se evitar exposição desnecessária das gestantes a ambientes de risco para contaminação”.
A Febrasgo ainda ressalta que no momento não há evidências de que as gestantes possam fazer parte do grupo de risco para o coronavírus. “Os dados disponíveis são limitados e controversos, mas até o presente momento não há evidência que há maior risco para as gestantes do que para a população em geral”, diz a Federação.
Febrasgo também abordou os cuidados que as gestantes com Covid-19 precisam ter. Eles ressaltam que os cuidados são basicamente os mesmos do restante da população. “As orientações para as gestantes de cuidado são as mesmas para a população em geral. No entanto, como se trata do binômio materno-fetal deve ser redobrado a observância dos sinais e sintomas de gravidade, vitalidade fetal e exames obstétricos que norteiam a assistência. Nos casos leves, isolamento domiciliar e seguir as recomendações preconizadas pela Atenção Primária à Saúde”.
Por fim, a Febrasgo respondeu sobre se o coronavírus pode afetar o feto. “Não há evidências de maior risco de aborto, feto morto, restrição do crescimento fetal ou que o vírus possa passar para o feto em desenvolvimento (transmissão vertical). Dois casos de possível transmissão vertical foram relatados, porém ainda não está claro se a transmissão ocorreu antes ou logo após o nascimento. Um relatório recente da China, de quatro gestantes com infecção por coronavírus quando tiveram o parto não encontrou evidências da infecção em seus recém-nascidos. Segundo a opinião de especialistas é improvável que o feto fique exposto durante a gestação. Na China, alguns recém-nascidos de gestantes com sintomas de coronavírus nasceram prematuros. Não está claro se o coronavírus causou esse problema ou se os médicos resolveram a gestação precocemente decorrente da doença”, explicou a Febrasgo.
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