Descobertos 3 problemas graves causados por zika na gravidez
Hidranencefalia, hidropsia feta e morte fetal podem ser consequências do zika vírus na gravidez
Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, Brasil, descobriram que o zika vírus na gravidez pode causar problemas ainda mais graves no bebê do que a microcefalia.
Os estudiosos concluíram que além da microcefalia, o zika vírus na gestação pode causar hidropisia fetal, acúmulo anormal de líquidos nos compartimentos fetais, hidranencefalia, perda quase completa do tecido cerebral, e morte fetal, o bebê nasce natimorto.
A hidropisia fetal é uma afecção grave que ocorre quando se acumulam quantidades anormais de líquido em duas ou mais áreas do corpo de um feto ou recém-nascido e frequentemente ocasiona a morte do bebê pouco antes ou depois do parto.
A hidranencefalia é uma doença em que os hemisférios cerebrais não estão presentes e são substituídos por sacos cheios de líquido cérebro espinhal. A maioria das crianças com isto morre antes de completar um ano.
“Estas descobertas despertam a preocupação de que o vírus pode provocar um dano severo aos fetos e levar à morte fetal, além de que poderia estar associado com outros efeitos além dos vistos no sistema nervoso central”, explicou em comunicado Albert Ko, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA).
“É preciso seguir trabalhando para entender se este é um caso isolado e para confirmar se o zika vírus pode causar a morte fetal”, acrescentou o cientista, que trabalhou sobre o zika no Brasil desde que sua presença foi reportada em maio de 2015.
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