Placenta prévia: causas, tratamento, riscos e prevenção
Placenta prévia pode levar à complicação para gestante e feto e tem como uma das causas a cesárea desnecessária
A placenta prévia é um problema no qual o tecido placentário recobre ou está adjacente ao colo do útero. “Ela se manifesta com sangramento vaginal indolor, imotivado, intermitente e progressivo”, explica o ginecologista obstetra Mario Makoto Kondo.
Riscos
A placenta prévia pode levar a problemas para a gestante. “Ela está sujeita à hemorragia anteparto, intraparto e pós-parto, necessidade de transfusão sanguínea, histerectomia, retirada do útero, septicemia (uma infecção que pode levar à morte) e tromboflebite (inflamação de uma veia causada por um coágulo de sangue)”, conta Kondo.
No caso do feto, os riscos também são grandes. Ele está sujeito à prematuridade, restrição de crescimento, apresentação anômala, hipóxia e anemia.
Tratamento da placenta prévia
O tratamento é o repouso, por isso é recomendada internação hospitalar quando ocorrer sangramento. “Controle do sangramento e da anemia materna com reposição de ferro, controle da vitalidade fetal, administração de corticoide entre 26 e 34 semanas de gestação para amadurecimento pulmonar e planejamento do parto para 37 semanas”, orienta Kondo.
Prevenção
As principais causas da placenta prévia são:
- Cesárea anterior;
- Idade materna maior de 35 anos;
- Multiparidade;
- Outras cicatrizes uterinas;
- Curetagens repetidas;
- Gemelaridade;
- Placenta prévia em gestação anterior;
- Tabagismo.
Portanto, para prevenir o problema algumas ações são orientadas. “Faça a cesárea apenas quando realmente for necessário, nas curetagens uterinas procurar fazer com aspiração manual intrauterina (AMIU) e quando não for possível o seu uso, realizar a curetagem guiada pela ultrassonografia”, diz Kondo.
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