Ultrassom morfológico: o que detecta, quando fazer e a sua precisão
Saiba tudo sobre o ultrassom morfológico, importante para descobrir uma série de complicações
O ultrassom morfológico tem como objetivo diagnosticar alterações do desenvolvimento normal fetal e a possibilidade de alterações genéticas ou hereditárias no feto. “A ultrassonografia morfológica é dividida em duas, a do 1º e a do 2º trimestre”, explica ginecologista obstetra Jurandir Piassi Passos, especialista em medicina fetal do Lavosier Medicina Diagnóstica. É um exame de imagem que analisa
O que o ultrassom morfológico detecta
O ultrassom morfológico do primeiro trimestre tem como funções principais detectar o risco da criança apresentar algum risco genético, como a Síndrome de Down, e orientar exames complementares para a confirmação de sua suspeita. “É importante salientar que um risco aumentado apresentado pelo exame não significa que a criança seja realmente portadora de alguma síndrome genética, mas sim, que deva ser realizados exames complementares para confirmação diagnóstica como o estudo do cariótipo fetal, seja por biópsia de vilo corial ou amniocentese, seja através de estudos mais recentes de pesquisa de DNA fetal no sangue materno”, conta Passos. Uma das ferramentas usadas nesse exame é a medida da translucência nucal.
A ultrassonografia morfológica no 2º trimestre é um complemento daquela feita no 1º trimestre. “Isto porque uma criança que aparentemente mostrou-se com baixo risco para alguma anomalia no de primeiro trimestre, pode, ao longo de seu desenvolvimento, apresentar algum tipo de alteração que possa ou não estar relacionada às síndromes, mas também ao que chamamos de disrupção, ou seja, um órgão não se desenvolve adequadamente, como, por exemplo, ao invés de 2 rins, a criança pode apresentar apenas 1 deles, ou ter uma malformação cardíaca ou de seu cérebro”, afirma Passos.
Quando os exames de ultrassom morfológicos são feitos?
A ultrassonografia morfológica no 1º trimestre é feita entre a 11ª e a 14ª semanas de gravidez. Já a de 2º semestre é realizada entre a 20ª e a 24ª semanas.
Precisão do exame
É importante destacar que os problemas diagnosticados pelo ultrassom morfológico não são 100% precisos. “A capacidade de detectar uma malformação ou síndrome gira em torno de até 95% de detecção de riscos para síndrome no 1º trimestre, quando além da realização da ultrassonografia associamos o método bioquímico, que é a avaliação de substâncias na corrente sanguínea materna chamados PAPP-A e fração livre do β-HCG. No 2º trimestre, o índice de sensibilidade é de 83,5% se o exame for realizado entre a 19ª e a 24ª semana de gestação. A especificidade, ou seja, o acerto do diagnóstico, uma vez detectada alguma anomalia fetal, pode atingir os 95 e mesmo 100% dependendo da alteração detectada”, conta Passos.
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