Teste pré-natal não invasivo: tire suas dúvidas
Saiba por que o teste pré-natal não invasivo é tão importante para as grávidas
O termo teste pré-natal não invasivo se refere a diversos exames. “Entre eles temos a tradicional ultrassonografia, o risco fetal e os testes moleculares”, conta o geneticista Cláudio Schmidt, consultor médico do laboratório DLE.
Os diferentes tipos de exames
A ultrassonografia permite pesquisar diversos parâmetros que podem servir como triagem ou mesmo diagnóstico. “Como exemplo de triagem temos a medida da translucência nucal, realizada entre a 11ª e 13ª semanas de gestação, capaz de indicar um risco aumentado para algumas condições, entre elas a Síndrome de Down”, explica Schmidt. A visualização de diversas características ajuda a encaminhar a investigação de diferentes condições.
Já o risco fetal é um teste bioquímico no qual, por meio da dosagem de algumas substâncias no sangue da mãe e em conjunto com informações obtidas pela ultrassonografia, são calculados os riscos para condições genéticas como a Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome de Patau, Síndrome de Turner e defeitos de fechamento do tubo neural.
O teste molecular é voltado para a pesquisa da Síndrome de Down, Síndrome de Edwards, Síndrome de Turner e a definição do sexo fetal, com grande sensibilidade e especificidade.
A importância do teste pré-natal não invasivo
A principal importância dos testes pré-natais não invasivos é determinar quais mulheres precisam de indicação de estudos mais aprofundado para diagnosticar diversas condições. “É importante lembrar que, de forma geral, esses testes não devem ser considerados diagnósticos para as condições pesquisadas até o momento. A exceção é a ultrassonografia para determinadas condições como os defeitos de fechamento de tubo neural”, conta Schmidt.
Assim, evita-se que mulheres com riscos baixos de ter alguma das condições estudadas se exponham a riscos desnecessários com métodos invasivos.
Descobrir as condições que os testes detectam o quanto antes proporciona benefícios para o bebê e os pais. “O principal deles é a preparação dos pais e dos médicos, que, ao saberem da condição, podem se organizar melhor para receber o bebê, tanto buscando informações quanto planejando eventuais cuidados que o recém-nascido possa precisar logo após o nascimento”, diz Schmidt.
Quem pode fazer
Os testes pré-natais não invasivos são recomendados para todas as grávidas, afinal, não há riscos para o feto. O risco fetal e o teste molecular são realizados com a simples coleta de sangue da mãe, como em exames de rotina. “A questão da idade materna realmente influi nos riscos do feto desenvolver alguma das condições, mas é apenas um dos fatores que devemos levar em consideração”, afirma Schmidt.
Gestantes que estejam interessadas em realizar os exames devem conversar com o seu ginecologista obstetra sobre o assunto.
Precisão dos exames
O objetivo do teste pré-natal não invasivo é realizar uma triagem entre as gestantes cujos filhos têm mais chances de ter alguma condição, e que por isso precisam realizar exames mais específicos, e aquelas com fetos que tem menos chances. Por isso, o resultado dele não é 100% confiável. “É possível haver casos em que o resultado não corresponde à situação real do feto, porém, a evolução dos exames tem feito essa situação diminuir cada vez mais”, observa Schimidt.
Teste pré-natal não invasivo X Teste do Pezinho
Filhos de gestantes que fizeram o teste pré-natal não invasivo ainda precisam realizar o teste do pezinho entre 48 horas e 30 dias após o nascimento. “Cada exame é focado em um tipo de pesquisa. O teste pré-natal não invasivo é voltado para a avaliação das alterações cromossômicas e o teste do pezinho é focado, sobretudo, em questões metabólicas”, explica Schmidt.