Bebê se afoga após ficar no saco amniótico por 45 minutos após parto
A mãe da bebê agora está processando o local onde deu à luz pela falta de assistência e descaso
Uma bebê prematura se afogou e perdeu a vida após ter ficado por 45 minutos dentro da bolsa amniótica após o parto. O caso ocorreu na prisão Camille Graham Correctional Institution em Columbia nos Estados Unidos.
A mãe Sinetra Johnson estava cumprindo uma sentença de dois anos e estava grávida de gêmeos, um menino e uma menina. Quando ainda faltavam 14 semanas para a data prevista de seu parto, Sinetra começou a sentir fortes dores abdominais.
Como era usa primeira gravidez, ela não identificou que se tratavam de contrações do parto. Mesmo assim, ela foi até a enfermaria da prisão e pediu ajuda. No local, as enfermeiras disseram que ela e os filhos estavam bem e a mandaram voltar para o trabalho na prisão.
Contudo, as dores continuaram e Sinetra foi a enfermaria diversas vezes naquele dia, sendo sempre rapidamente dispensada pelas enfermeiras.
Quando a noite chegou, Sinetra sentiu uma dor ainda mais intensa. Pensando ser dor de barriga, ela foi até o banheiro e sentiu um dos filhos nascer. A menina Karmin nasceu ainda dentro do saco amniótico.
Sinetra começou a chamar por ajuda. Nenhuma das guardas veio ajuda-la. As outras presidiarias tiveram que pegar uma cadeira de rodas e carrega-la. Apenas então, as funcionárias da prisão chegaram, mas não deixaram que nenhuma das presentes rasgasse o saco amniótico em que a pequena Karmin estava.
A filha de Sinetra ficou no saco amniótico por 45 minutos. Quando a pequena foi retirada de lá, foi constatado que ela havia falecido. Uma autópsia realizada depois, constatou que a pequena de fato morreu afogada pelo líquido amniótico e que se o saco amniótico tivesse sido rompido antes, ela provavelmente teria sobrevivido.
Sinetra teve seu outro filho quando já estava na ambulância. O menino sobreviveu e hoje é uma criança saudável. “Eu sabia que algo estava errado quando comecei a sentir aquelas dores, era uma sensação muito diferente do que havia tido até então na gravidez. Lidar com a morte da minha filha foi muito difícil. No começo, eu evitava a seção de roupas para meninas das lojas, se eu via gêmeos na rua eu começava a chorar. Eu fiquei com raiva de mim mesma, da situação, com tudo que aconteceu”, disse a mãe em entrevista ao portal The State.
A perda ocorreu em 2012. Sinetra foi solta em 2014 e agora está processando a prisão pela morte de sua filha. O julgamento começa em agosto deste ano.