“Como meu bebê menino virou uma MENINA aos 3 anos”
Confira o relato da mãe de um bebê que nasceu menino e aos três anos se tornou uma menina
Uma mãe fez um emocionante relato sobre seu bebê menino que aos três anos se tornou uma menina. No relato anônimo feito ao portal Cafe Mom, a mãe contou como foi esta transição, seus medos e expectativas para o futuro de sua pequena. Confira a seguir:
“’Senhor e senhora Smith, parabéns! É um menino!’. Meu ginecologista pensou que eu havia dado à luz um menino. Minha criança nasceu com um pênis, então faz sentido. Porém, após três anos e meio eu descobri que na verdade eu havia dado à luz uma menina. Uma menina com um pênis.
‘Mamãe, você pode fazer um rabo de cavalo no meu cabelo e colocar uma tiara?’.
‘Eu quero usar um vestido hoje’.
‘Posso deixar meu cabelo crescer para ficar igual ao da princesa Elsa?’
‘Logo eu vou ser uma menina!’
Você não espera ouvir este tipo de coisa de um menino de três anos, mas eu ouvia sempre.
Eu e meu marido nunca dissemos para nossos filhos que eles podem ou não ser algo por causa do gênero. No começo, eu me convenci que meu filho estava só testando os meus limites. Eu pensei que ele amava tanto eu e sua irmã mais velha que queria ser como nós.
A partir dos dois anos meu filho começou a dar alguns sinais de que se sentia como uma menina. E pouco antes de completar três anos, os sinais ficaram óbvios. Ele começou a falar todos os dias e diversas vezes ao dia que era uma menina. E nós falávamos para ele: ‘você pode ser o que quiser!’. Mas ele insistiu tanto que era uma menina, que nós não conseguíamos mais negar.
Então, eu levei meu filho para uma loja e deixei ele escolher um vestido e uma camisola. Expliquei que ele poderia usá-los em casa. Quando precisávamos sair, eu pedia para ele colocar suas roupas de ‘menino’. Eu e meu marido ainda não estávamos prontos para expor este segredo. Nós ainda estávamos pensando que isso poderia ser só uma fase e não queríamos ter que lidar com possíveis críticas ainda.
Após nosso filho ter passado quatro meses insistindo que era uma menina, eu o levei para o shopping e o deixei escolher as roupas que o deixavam feliz. Voltamos para casa com um guarda-roupa inteiro de vestidos, saias, leggings, faixinhas, tudo rosa e cheio de brilho. Eu nunca tinha visto meu filho tão feliz. E então decidimos deixa-lo usar essas roupas em público.
Eu sabia que iria enfrentar críticas de alguns amigos e familiares. Eu sabia que os vizinhos e conhecidos iriam comentar. Eu estava morrendo de medo dos comentários, rumores e fofocas. Então, eu decidi fazer um post nas redes sociais informando meus amigos e familiares.
A maioria das pessoas tiveram respostas positivas ao post. Disseram que estávamos fazendo a coisa certa e nos apoiaram. Mas nem todos foram assim. Nós tivemos algumas respostas negativas e muitos vizinhos pararam de falar conosco. Foi muito difícil para mim. Eu só queria que minha criança fosse feliz e aceita pelos outros.
Infelizmente, eu preciso aceitar que a vida da minha criança não será fácil. Existem aqueles que não entendem e a falta de compreensão pode vir de um jeito que machuca, de um jeito cheio de ódio. Nós não podemos protege-lo de tudo e todos sempre. O que nós podemos fazer é ensiná-lo a ser forte o suficiente para lidar com o ódio, a ser bondoso e espalhar o amor, não o ódio.
Após algumas semanas nós decidimos mudar a maneira como como chamávamos nosso filho. Seu nome era Joseph. Joseph passou a nos dizer que se incomodava em ser chamado assim porque é uma menina. Então, nós passamos a chama-la de Josie, nossa nova filha.
Esta transição está sendo muito difícil para mim. Eu amo Josie imensamente, mas nenhum pai ou mãe quer ver seu filho seguir um caminho no qual sabe que haverá ódio e bullying.
Apesar de ser um caminho que eu jamais escolheria para um filho meu, eu a apoio 100%. Eu escolhi compartilhar a história da Josie com os amigos e familiares e de forma anônima publicamente para ajudar as pessoas a entenderem a identidade de gênero. Eu só posso esperar e acreditar que a história da Josie possa ajudar a diminuir o preconceito, uma pessoa por vez”.