Doença de Isis Valverde exige cuidados especiais na gravidez e com o bebê
A atriz Isis Valverde é portadora da doença celíaca que exige maiores cuidados durante a gestação e com o bebê
A atriz Isis Valverde está grávida de seu primeiro filho! Ela e o noivo e modelo, André Resende, esperam um menino! E a atriz precisa ter alguns cuidados especiais em sua gestação. Isto porque ela é portadora da doença celíaca.
Isis descobriu a doença quando tinha 19 anos. Esta condição é causada por uma intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e seus derivados como massas, pizzas, bolos, pães, entre outros. Esta doença é autoimune e afeta o intestino delgado, causando prejuízo na absorção de nutrientes. Esta doença não tem cura, mas tem tratamento. O tratamento consiste basicamente em retirar o glúten da dieta.
Para gestantes, a doença celíaca é especialmente perigosa. Quando esta doença não é tratada, ou seja, quando a gestante é portadora da doença celíaca, mas continua consumindo glúten, o feto corre riscos. “Quando a doença celíaca não é tratada ou não é diagnosticada ocorre a má absorção de alguns nutrientes e minerais que são indispensáveis para a formação do feto. Alguns minerais como o cálcio, o ferro, o acido fólico são indispensáveis desde o momento da concepção até o nascimento. Quando isso não ocorre influencia o desenvolvimento do feto”, explica a nutricionista funcional Juliana Pizzocolo.
Por isso, até mesmo o risco de aborto espontâneo aumenta quando a gestante celíaca consome alimentos com glúten. “Eu vi um estudo publicado recentemente no The American Journal of Gastroenterology que falava o seguinte: mulheres celíacas que não seguem a dieta, ou seja, que consomem glúten tem três vezes mais risco de aborto espontâneo no início da gestação. Por quê? Como a doença celíaca é uma doença imune, essa reação imune frente à presença do glúten na mucosa do intestino, ela inibe a fixação do embrião no útero. Então, o risco de aborto é muito grande”, observa Juliana Pizzocolo.
O risco de parto prematuro também é maior quando a gestante celíaca não está com a doença controlada. “Alguns bebês podem nascer com baixo peso e prematuros se a mãe não estiver com a doença celíaca bem controlada”, explica a nutricionista e terapeuta ortomolecular, Lucélia Silva Costa, conselheira da FENACELBRA (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil).
Para gestantes celíacas que seguem a dieta corretamente e estão com a doença controlada não há maiores riscos para o feto. Porém, é essencial informar o ginecologista que é portadora da doença. Também é importante buscar a ajuda de uma nutricionista durante a gestação.
O bebê filho de mãe celíaca também pode precisar de cuidados especiais. Na verdade, no caso dos bebês ainda não há muitos estudos sobre o assunto, mas existe a possibilidade destes pequenos terem maiores chances de desenvolver a doença celíaca.
Por isso, na introdução alimentar, a recomendação da maioria dos nutricionistas é adiar ao máximo que a criança consuma glúten. “Ainda não há consenso sobre a melhor época de introduzir o glúten em bebês filho de celíacos com o intuito de evitar que a doença celíaca seja disparada. O que se pode dizer com certeza é que a introdução mais tardia preservou o desenvolvimento desses bebês”, afirma Lucélia Costa.
Também no caso dos bebês filhos de mães celíacas, é importante buscar a ajuda de um nutricionista antes de iniciar a introdução alimentar.