Mãe que queria abortar filho com Down ganha indenização do médico
A mãe processou o médico e o sistema de saúde por não terem avisado que seu filho tinha Síndrome de Down
Uma mãe que queria ter abortado o filho com Síndrome de Down processou o médico e o serviço nacional de saúde britânico por não tê-la avisado sobre a condição do bebê. E nesta terça-feira (08/10) ela venceu o processo contra o médico e o serviço nacional de saúde do Reino Unido (NHS_ por “nascimento errado”.
Edyta Mordel alegou que com 12 semanas de gestação havia pedido para realizar o exame para diagnosticar se o bebê tinha Síndrome de Down ou não. Contudo, no registro dos exames consta que ela não havia feito este pedido.
A mãe alegou no processo que este foi um erro dos profissionais de saúde. Já o advogado do NHS alegou que Edyta não pediu pelo exame e se arrependeu quando constatou que o bebê tinha Síndrome de Down no seu nascimento.
O bebê nasceu em 2015 no Royal Berkshire Hospital. Atualmente, Edyta cuida do pequeno e afirma amá-lo muito, mas insiste que ainda assim teria cometido o aborto se soubesse da síndrome. Ela processou o NHS em 200 mil libras (950 mil reais) por gastos que está tendo na criação do pequeno.
Durante o processo, Edyta disse: “Eu conheci uma pessoa do trabalho com Síndrome de Down, eu vi como sua vida era difícil e eu não iria querer continuar minha gravidez se soubesse que meu bebê tinha uma deficiência. Eu não ia querer uma criança com deficiência e eu não ia querer que meu bebê sofresse. Eu não ia querer trazer uma criança no mundo assim”.
O caso gerou grande indignação de parte dos internautas. “Eu tenho uma filha com Síndrome de Down e não a trocaria por nada, ela é perfeita! O momento mais triste para mim foi quando eu estava com ela na maternidade e a enfermeira disse: ‘sabia que você pode deixá-la aqui e ir embora né?”, relatou um pai de uma criança com Síndrome de Down. Um internauta ainda comentou: “Este dinheiro é dinheiro público! Acho muito triste que o dinheiro público esteja sendo gasto assim”.