Casal adota filho de moradora de rua e abriga outras 14 crianças
O casal começou a cuidar do filho quando sua mãe biológica não tinha lugar para morar
Quando Carolyn P. e o marido pensavam em um filho eles jamais imaginavam que seriam pais de mais de 10 crianças! Depois de se casarem, eles conversaram sobre programas de adoção internacional. Mas, se tornarem um abrigo para crianças que não podiam ficar com os pais foi algo que nunca passou pela cabeça do jovem casal. Até que em um culto na Igreja, ouviram o relato de uma pessoa que havia se tornado “pai adotivo temporário”. Nos Estados Unidos, existe um sistema de assistência social em que menores de idade são alocados em abrigos ou casas particulares de pessoas certificadas pelo Estado para cuidarem de suas necessidades temporariamente.
“Poderíamos fazer isso! Tínhamos 26 anos, uma linda casa, muito tempo e recursos para dar a uma ou mais crianças o que precisavam até poderem se reunir com suas famílias biológicas novamente. Por que não tentar?”, relembrou Carolyn ao site Love What Matters. O casal precisou preencher muitas fichas, passar por uma extensa checagem de antecedentes, apresentar documentos e fazer alguns cursos até receberem o certificado de “pais adotivos”.
Três meses depois o telefone de Carolyn tocou. Era um sábado à noite e o casal estava em um churrasco na casa de amigos, quando a assistente social disse que havia um menino de 3 anos de idade, cuja mãe era moradora de rua. Ela tinha lugar para ficar, mas não poderia levar a criança. Assim que aceitaram abrigar o pequeno, em meia hora o menino já estava com eles!
“Às vezes, era difícil ser pais biológicos de primeira viagem de um menino de 3 anos. Além disso, precisamos aprender a ser pais de uma criança que tinha uma mãe biológica envolvida”, afirma Carolyn. Meses depois, o garotinho pode voltar a viver com a mãe biológica. “Felizmente sabíamos que ela queria que continuássemos na vida dele. Demos algum tempo para os dois e depois passamos a visitá-lo mensalmente”, ressalta.
Um ano depois, aquela mãe voltou a precisar de ajuda e o lar adotivo de Carolyn e o marido estava de portas abertas para o menino. O que era durar alguns meses se estendeu para mais de um ano. Foi então que a mãe biológica do pequeno fez ao casal uma proposta incomum: custódia compartilhada da criança. “Que experiência surreal foi comemorar com uma mãe biológica a guarda do filhinho. Que experiência surreal poder contar ao nosso menino que ele ficou preso com seus três pais para sempre! A ‘co-parentalidade’ pode ser um desafio, mas é possível quando existe apoio e todos têm o interesse da criança em mente”, explica.
O casal já abrigou mais de 14 crianças em sua casa. Três delas acabaram ficando para sempre e foram adotadas definitivamente. Agora, eles são pais adotivos de quatro filhos – dois meninos e duas meninas, com idades que vão dos 8 anos aos 4 meses de vida! “Quando você entender que todas as crianças nos são dadas por Deus por um tempo e um propósito, sejam seis meses ou cinquenta anos, você fará o que puder e dará a Ele o resto. Se você não sente que Deus está lhe dizendo ‘Sim’ [para fazer isso], veja se Ele está dizendo ‘Por que não?’ Porque nosso ‘por que não’ se tornou nosso para sempre”, conclui.