Mãe de menino vítima da detenta trans Suzi quebra o silêncio e desabafa
A mãe do menino Fábio que foi morto e estuprado pela detenta Suzi Oliveira desabafou
A mãe do menino que foi vítima da detenta Suzi Oliveira quebrou o silêncio e desabafou. No dia 1º de março, uma reportagem do Fantástico conduzida pelo médico Dráuzio Varella mostrou a vida das detentas trans em unidades prisionais masculinas.
E uma das histórias que comoveu os telespectadores foi a da detenta Suzi Oliveira. Na conversa com o médico, ela relatou que estava há oito anos sem receber visitas. Dráuzio então respondeu: “Muita solidão, não é minha filha?”. E a abraçou. Pouco após a reportagem, a detenta recebeu 324 cartas e presentes como livros e bombons de telespectadores comovidos com a história.
Contudo, no último domingo (08/03), uma nova descoberta gerou grande polêmica. A descoberta sobre porque a detenta está presa. Em maio de 2010, ela, cujo nome de batismo é Rafael Tadeu de Oliveira Santos, estuprou e matou um menino de nove anos. Ainda segundo o processo, ela teria deixado o corpo do menino em sua sala por 48 horas após o crime.
Agora, a mãe do menino, Aparecida dos Santos, quebrou o silêncio e desabafou sobre seu filho e a detenta. Em entrevista para o programa Alerta Geral da RedeTV, Aparecida disse: “Para mim foi um baque muito grande. Quando eu vi a matéria eu fiquei com dor de cabeça, eu estou tremendo até agora. O que me indignou foi ele receber um abraço, receber cartinha e receber um bombomzinho. Eu recebi o que? Nada! Graças a Deus, Deus deu um filho de volta para mim que é o Matheus. Estou me reerguendo porque Deus está comigo, mas estou muito indignada”. Aparecida também revelou uma foto de seu filho que foi vítima de Suzi, ele se chamava Fábio.
Suzi escreveu uma carta após a descoberta sobre seu crime. A carta diz: “Eu, Suzi Oliveira, ‘Rafael Tadeu’, venho dizer que na entrevista ao Fantástico não me foi perguntado nada referente ao B.O. Eu sei que errei e muito. Nenhum momento tentei passar como inocente e desde aquele dia me arrependi verdadeiramente e hoje estou aqui pagando por tudo que eu cometi…Errei sim e estou pagando cada dia, cada hora, cada minuto aqui neste lugar…Antes não tive essa oportunidade, agora eu estou tendo e apenas quero pedir perdão pelo meu erro no passado…”.
O Dr. Dráuzio Varella emitiu uma nota sobre o caso. A nota diz o seguinte: “Há trinta anos, cuido da saúde de criminosos condenados. Por razões éticas, não busco saber o que de errado fizeram. Sigo essa atitude para cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. E para não cair na tentação de traí-lo, atendendo apenas aqueles que cometeram crimes leves. No quadro do fantástico, segui os mesmos princípios. Sou médico, não juiz”.