Menina com doença rara, ganha andador projetado por alunos da 6ª série
A menina sempre teve dificuldades de locomoção e foi ajudada por um grupo de crianças
Após enfrentar inúmeros desafios, uma menina de apenas 2 anos finalmente conseguiu se locomover de forma mais fácil. E tudo graças a um grupo de alunos da 6ª série! Emmett Hightshoe nasceu com Síndrome de Kabuki (SK), um distúrbio genético bem raro que gera anomalias congênitas múltiplas, afetando o desenvolvimento dos órgãos e de habilidades cognitivas, intelectuais e físicas.
Como um dos lados do seu coração não se desenvolveu totalmente, os pulmões também foram afetados. Por isso, a garotinha precisa andar com um tanque de oxigênio. Além disso, ela necessita de um andador, já que seu tônus muscular é baixo e dificulta seus movimentos.
Apesar de todos os problemas, a pequena Emmet que vive na Carolina do Norte, Estados Unidos, é exatamente como uma criança de 2 anos. “Ela é feliz e muito amada. Também é atrevida e teimosa”, disse a mãe, Maleigh Hightshoe, ao programa Good Morning America.
Durante uma corrida de rua, a mãe de Emmet conheceu um professor de engenharia e automação robótica de uma escola da vizinhança. Vendo a menininha, Ben Davis logo perguntou como elas faziam para se deslocar. Hightshoe lhe explicou que isso não era tão simples, já que muitas vezes o tubo de oxigênio ficava preso no andador ou nas rodas dele.
Davis resolveu levar aquele “caso” para dentro da sala de aula e trabalhá-lo nas aulas de design e modelagem em robótica. Os próprios alunos começaram a pensar em soluções mais práticas para o dia-a-dia de Emmet. “Desde o começo, eles estavam iluminados, animados e muito felizes. Tinham milhões de perguntas sobre ela e todas as suas ideias eram realmente únicas”, orgulha-se o professor.
Depois de alguns protótipos, feitos em impressoras 3D, Emmet ganhou uma forma inovadora de se locomover. Seu novo andador levou 3 meses para ficar pronto e o mais especial é que saiu das mãos de crianças da 6ª série!
A classe o projetou de forma reclinável para que a menininha possa andar e se agachar ao chão. Eles também decidiram acoplar o tanque de oxigênio na própria peça. “Ela nos mostrou que queria fazer mais e ser mais independente. O entusiasmo deles em aprender sobre ela foi encantador. Eles diziam: ‘ela é apenas uma garotinha; ela é como nós e precisa de ajuda’. Realmente, isso foi algo que me encorajou”, afirmou a mamãe.