Menina inspira mudança de legislação em prol de crianças surdas
A menina conseguiu um grande feito para todos os deficientes auditivos do estado em que mora
A história de uma menina de apenas 9 anos se tornou um marco na vida de muitos deficientes auditivos. Ally Tumblin nasceu com microtia. A deformidade congênita faz com que a orelha não se desenvolva normalmente.
Além disso, em muitos casos, incluindo o da garota, ocorre a ausência do canal auditivo. Dessa forma, os aparelhos tradicionais não funcionam. Por isso, assim que Ally nasceu sua família começou buscar por alternativas.
Foi então que eles descobriram o BAHA. Este tipo de aparelho usado no tratamento da perda auditiva é de fixação óssea. Porém, a maioria dos planos de saúde não cobrem esse modelo de dispositivo. Assim, os pais da menina tiveram que arcar por conta própria com o custo do aparelho. Este gira em torno de 10 mil dólares!
“Do nascimento aos três anos são os anos críticos de desenvolvimento. Todo médico sabe que nessa época as habilidades de fala e de linguagem são fundamentais para as crianças. Temos que ajudá-las a ouvir. As seguradoras negarem esses aparelhos é algo ridículo”, criticou Melissa Tumblin, mãe de Ally, à CNN.
Em 2019, a menina escreveu para um deputado do Colorado. O texto foi lido por outros congressistas que se uniram para criar um projeto de lei. A ideia é obrigar os planos de saúde a cobrirem dispositivos ósseointegrados e implantes cocleares.
Do mesmo modo que terão que arcar com os custos associados, como os da cirurgia, por exemplo. O Ato Ally foi o primeiro projeto de lei apresentado no Congresso dos Estados Unidos, em janeiro de 2021. A proposta, que levou o nome da menina, ainda será votada.
“Não há nada de errado com as pessoas surdas. Elas são perfeitamente normais, saudáveis e querem o melhor que a vida pode oferecer. Assim como qualquer outra pessoa. Então, negar a elas a chance de serem capazes de ouvir é algo terrível”, pondera Tumblin.