Erros ao introduzir os alimentos na dieta do bebê
Exagerar na quantidade, colocar sal, bater a papinha no liquidificador são erros comuns
Introduzir os alimentos na dieta do bebê requer uma série de cuidados. Nesta fase, alguns erros ao introduzir os alimentos são comuns. Veja quais são eles e confira qual é a real orientação dos pediatras:
Exagerar na quantidade
Oferecer mais papinha do que o orientado para o bebê pode favorecer problemas futuros. “Se a criança tiver predisposição genética à obesidade, ela pode já no primeiro ano de vida iniciar excessivo ganho de peso e vir a desenvolver obesidade”, alerta a pediatra Maria Arlete Meil Schimith Escrivão, membro da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Saiba que a papa principal é composta por um representante de cada grupo alimentar (cereais ou tubérculos, proteínas, leguminosas, hortaliças) e deve ser oferecida a partir dos seis meses de vida. “No início em pequenas quantidades, 2 a 3 colheres das de sopa rasas, que devem ser aumentadas gradativamente até atingir mais ou menos 15 a 20 colheres das de sopa rasas, sempre respeitando a aceitação de cada criança. A colher de sopa é utilizada apenas como medida. Para administrar a papinha, o ideal é utilizar uma colher menor, apropriada ao tamanho da boca do bebê”, afirma Escrivão.
Bater a papinha no liquidificador ao invés de amassar
A papinha deve ser amassada e não batida no liquidificador para ficar mais consistente e estimular a mastigação da criança e também desenvolver a deglutição de alimentos com diferentes consistências. “O principal problema da introdução alimentar precoce é a interrupção do aleitamento materno exclusivo, que deve ser mantido até os seis meses de idade”, explica Escrivão.
Colocar sal
A orientação atual é não colocar sal na papinha do bebê. Nesta fase, o bebê receberá o sódio intrínseco, ou seja, aquele contido naturalmente na composição de vários alimentos. “A relação entre quantidade ingerida de sal e pressão arterial depende da sensibilidade individual. Alta sensibilidade à ingestão de sal está associada ao aumento da pressão arterial, tanto em adultos como em crianças”, alerta Escrivão.