6 cuidados na relação entre bebês e animais de estimação
A relação de bebês e animais de estimação é muito valiosa, mas precisa ser organizada com alguns cuidados para garantir a saúde e a alegria da família
A relação do bebê e animais de estimação sempre gera dúvidas nos pais, afinal de contas, muitos pets são tratados como filhos e correspondem com muito carinho e apego. Mas, como fica esse convívio com a chegada do recém-nascido?
E, principalmente, como saber se a presença de um gato ou cachorro vai afetar a saúde física e emocional da criança e seus pais? A verdade é que existe amor para todos, filhos e animais de estimação! E essa convivência pode ser muito saudável e cheia de momentos para registrar.
Porém, alguns cuidados são necessários para criar um ambiente seguro e equilibrado. Quer algumas dicas para isso? Listamos neste post as principais medidas de segurança que você precisa tomar. Confira.
1. Certifique-se que o animal está saudável e com as vacinas em dia
Algumas verdades precisam ser expostas: o recém-nascido ainda não tem seu sistema imunológico bem-desenvolvido e qualquer cuidado que evite sua exposição a vírus, bactérias, fungos e doenças em geral é fundamental.
Não é à toa que as visitas de parentes devem ser controladas e cercadas de procedimentos de higienização, não é mesmo? O mesmo cuidado vale para os animais de estimação.
Antes do nascimento do bebê, o ideal é garantir que o cartão de vacinação do cachorro ou gato esteja em dia, assim como as visitas ao veterinário para fazer o controle preventivo de doenças. Evitando assim ter intercorrências graves com o pet, durante os primeiros dias de vida do pequeno.
“Também é importante fazer uma avaliação da pele do animal e ver se existe alguma lesão dermatológica. Pois, certas doenças podem ser transmitidas para o bebê”, explica Claudia Maekawa Maruyama, infectologista do Hospital San Gennaro.
2. Reforce a higienização dos ambientes e dos pais
Manter a casa limpa é essencial para quem tem animais de estimação, mas, quando o bebê chega, essa tarefa deve ser reforçada. Aliás, desde o momento em que os pais descobrem a gravidez!
Já as mulheres que têm gatos devem evitar a limpeza da caixa de areia dos felinos, por exemplo. O motivo? Os bichanos são hospedeiros de um protozoário que é um dos principais causadores de uma doença grave e conhecida das gestantes, a toxoplasmose. “Se for necessário higienizar o local, faça isso com luvas e depois lave bem as mãos”, orienta a Claudia Maruyama.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as infecções perinatais por toxoplasmose afetam até 2,5% de todos os nascimentos. Tais infecções são ainda mais preocupantes porque tanto as gestantes quanto seus bebês, depois de nascidos, são assintomáticos nas primeiras fases da doença.
Além disso, animais que ficam soltos em jardins sujam as patas pisando, inclusive, em suas próprias fezes e urina. Ou seja, limpar os ambientes da casa com mais frequência e cuidados será essencial, principalmente porque a sujeira atrai mosquitos e outros vetores de doenças e, em poucos meses, o bebê já estará engatinhando por aí.
3. Prepare-se para os primeiros contatos
É importante entender que os cuidados para o primeiro contato do animal com o bebê devem começar no início da gravidez. Impedir, por exemplo, a entrada do animal no quarto onde ficará o berço do recém-nascido é um aprendizado que deve ser ensinado antes do nascimento do bebê, garantindo que o cachorro ou gato não associe a proibição com o novo membro da família.
Mostrar as roupinhas e objetos do enxoval para seu cachorro ou gato também é uma boa atitude, assim como conversar com ele e o bebê ainda na barriga. Mencione seus nomes e encoraje o animal a emitir sons para seu pequeno aprender a reconhecê-lo.
Depois do nascimento, o primeiro encontro deve ser feito sem tensão. Deixar que o animal veja, cheire e entre em contato com o bebê é muito saudável e vai quebrar a expectativa, principalmente se a mamãe tiver passado um tempo fora de casa.
4. Não deixe o bebê e animais de estimação sem acompanhamento de um responsável
Você pode ter o gato, o cachorro ou qualquer animal mais dócil que já conheceu mas, ainda assim, não é seguro deixá-los a sós com o bebê. Além da curiosidade natural dos animais, um movimento involuntário do bebê pode parecer um convite para uma brincadeira agitada que pode machucar ou assustar o bichano e fazer com que ele reaja em seu modo defensivo.
Também é preciso considerar que os pets mais inteligentes, como os cachorros e os gatos, demonstram sentimentos sinceros, inclusive, ciúme. Por todos esses motivos, o ideal é sempre ter um adulto responsável no ambiente em que o bebê e animais de estimação estejam juntos.
“No caso de mordidas ou arranhões, lave o local com sabonete e água abundante. Faça uma avaliação e, se necessário, leve ao pediatra imediatamente”, recomenda a infectologista Claudia Maruyama.
5. Respeite o tempo de adaptação das crianças e dos animais
É preciso considerar os sentimentos de afeição do animal com os adultos. A chegada de um novo membro na família pode causar estranheza e até mesmo a sensação de solidão.
Por isso, criar as proibições para certos ambientes e atitudes do animal antes da chegada do bebê vai fazer com que ele não associe a mudança dos seus “direitos” com o novo membro da família.
Outra dica valiosa é reforçar que a presença do bebê é uma coisa boa, oferecendo recompensas. Conversar com o cachorro ou gato, dar um petisco quando ele estiver por perto, entre outros cuidados, vão fazer com que ele curta a nova companhia no lar.
Mas, acima de tudo, é preciso respeitar o momento de adaptação das crianças e dos animais. A chegada do bebê também envolve uma mudança na rotina do lar, choros, movimentações na madrugada e até novos cheiros com os quais o animalzinho não estava acostumado, por exemplo.
Todas essas novidades podem precisar de um tempo para serem assimiladas. Isso não significa que eles não serão bons companheiros. Ou seja, permita que eles construam, com o tempo, essa amizade que sempre encanta e surpreende os pais, você não acha?
6. Ensine a importância do cuidado e do respeito aos animais
Assim que o bebê começar a perceber o mundo à sua volta, ele vai aproveitar para aprender o máximo possível! Por isso, dar bons exemplos de cuidado e respeito aos animais vai fazer com que ele descubra como se relacionar com os pets.
Carinho, cuidados, rotina de passeios e brincadeiras. Tudo isso mostrará à criança como tratar e também amar os animais. Isso é um aprendizado para a vida construído diariamente na casa com pets.
Além disso, estudos mostram que os animais domésticos ajudam a fortalecer o sistema imunológico do bebê e de toda família. A pesquisa “Pets: do they enhance our immunity” sugere que a exposição aos fatores alérgicos ainda nos primeiros anos de vida ajuda a fortalecer o organismo. Assim, ele compreende o que é nocivo ou não para sua saúde.
Como você viu, a relação do bebê e animais de estimação permite que os pequenos experimentem emoções positivas e tenham referências do mundo animal para cuidar. Além, é claro, de garantir bons momentos e risadas!
A maternidade é repleta de dilemas como esse, não é mesmo? Nem sempre estão relacionados à saúde ou ao desenvolvimento; muitas vezes, são os sentimentos que nos fazem ficar sem saber como agir. Se você se sente assim, assine nossa newsletter e receba conteúdos que vão ajudar nessa jornada!