Cuidados ao introduzir líquidos na alimentação do bebê
Cuidados ao introduzir líquidos na alimentação do bebê
Veja quais os cuidados e quando oferecer a água, sucos, água de cocô e outras bebidas ao bebê
Durante os seis primeiros meses de vida, a orientação é que o bebê consuma apenas o leite materno. Após este prazo, passam a ser introduzidos não só alimentos sólidos, como as papinhas, como também outros líquidos. A seguir, veja quais os cuidados importantes ao introduzir os líquidos na dieta do bebê.
Sucos e água de coco
Os sucos, até mesmo os naturais, não são indicados para os bebês e crianças. “O suco é uma das principais causas de dor abdominal em crianças e alguns estudos mostraram que pode afetar até mesmo o colesterol. Além disso, são ricos em açúcar e por isso podem favorecer a obesidade infantil”, explica a pediatra Lúcia Diehl, membro da Sociedade de Pediatria Rio Grande do Sul.
O mesmo vale para a água de coco, que apesar de ter menos açúcar do que os sucos, ainda possui quantidades consideráveis e também conta com o potássio em quantidades muito maiores do que a água natural.
Saiba que o ideal é que ao invés de sucos ou água de coco, a criança consuma a água natural e para obter as vitaminas das frutas, os pequenos devem comer a fruta in natura e não na forma de suco.
Claro que nem sempre é possível evitar 100% o consumo de sucos e água de coco dos bebês. Por isso, saiba que estas bebidas só devem ser oferecidas após um ano de idade e não devem passar de 200 ml por dia.
Leite e fórmulas lácteas
A recomendação é que o aleitamento materno ocorra até os dois anos de vida ou mais. Contudo, após o desmame é importante que o bebê tenha outra fonte de cálcio. O leite de vaca só pode ser oferecido após um ano de idade do bebê. “Porém, como atualmente temos fórmulas infantis muito nutritivas é comum os pediatras recomendarem o consumo delas até os cinco anos de idade e só depois passar para o leite de vaca”, orienta Lúcia Diehl. A quantidade de leite ou fórmula a ser oferecido irá depender da idade e da alimentação da criança.
Água
O momento de introduzir a água na dieta do bebê é algo polêmico entre os pediatras. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta introduzir a água na dieta do bebê a partir dos seis meses de vida, junto com a introdução dos alimentos além do leite materno.
O argumento dos pediatras no Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria é que a água se torna importante após os seis meses de vida porque quando o pequeno passa a comer outros alimentos além do leite materno e passa a ingerir maiores quantidade de proteínas sais. Isto causa uma sobrecarga de solutos que deve ser compensada com a oferta de água para que não sobrecarregue os rins.
Porém, há pediatras que defendem a introdução da água aos nove ou dez meses de vida. “Antes disso há o risco dela aumentar a sobrecarga de solutos e prejudicar os rins do bebê”, argumenta Lúcia Diehl.
Diante destas duas possibilidades de introdução da água na dieta, é válido conversar com o pediatra do seu filho a fim de saber qual alternativa este profissional considera a melhor. Ao oferecer a água para seu bebê, dê a versão sem gás, pois a risco da água com gás favorecer gases e outros incômodos no pequeno.
Chás
Os chás não são indicados até o primeiro ano de vida do bebê por poderem irritar a sensível mucosa gástrica dos pequenos e comprometer a absorção dos nutrientes e a digestão. Até completar um ano de vida, a criança possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, chás, mate, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutricional.
Refrigerantes
Estas bebidas devem passar longe do seu pequeno devido ao seu baixíssimo valor nutricional e por ser rica em açúcar, que favorece problemas de saúde e a obesidade infantil. Além disso, até o primeiro ano de vida a mucosa gástrica do bebê é sensível e pode ficar irritada com as substâncias presentes no refrigerante.
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