Médicos irão receber três vezes mais por parto normal
Justiça Federal tomou três medidas para estimular os partos normais na rede privada
A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) coloque em prática três novas medidas para reduzir o número de cesáreas na rede particular de saúde.
Com esta decisão, dentro do prazo de no máximo 60 dias, os profissionais de saúde que fizerem um parto normal terão que receber dos planos de saúde no mínimo três vezes mais do que na realização de uma cesárea. Os médicos reclamavam do fato de receberem o mesmo por uma cesárea, na qual passavam poucas horas em média, e por um parto normal, em que ficavam muitas horas.
O Brasil é o país com o maior índice de cesáreas no mundo, compõe cerca de 84% dos partos na rede privada.
O outro ponto que visa estimular o parto normal, envolve obrigar as operadoras de saúde de planos privados e hospitais a credenciar e possibilitar a atuação de enfermeiros obstétricos e obstetrizes no acompanhamento de trabalho de parto e no parto em si.
Já a terceira nova medida é a decisão da Justiça de obrigar a ANS a criar indicadores e notas para as operadoras de planos privados, de acordo com suas ações para diminuir o número de cesarianas. A ANS tem 60 dias para regulamentar as solicitações e se descumprir haverá multa diária de R$ 10 mil.
A cesárea agendada pode causar uma série de problemas de saúde para a mãe e para o bebê, você pode conferir todas essas complicações aqui. Veja os benefícios do parto normal aqui.