Ministério da Saúde confirma relação entre microcefalia e zika vírus
Especialistas encontraram o zika vírus em um recém-nascido que nasceu com microcefalia, veja como se proteger
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre microcefalia e o zika vírus. Eles chegaram a esta conclusão após a chegada dos resultados de exames realizados em um recém-nascido no Ceará, que nasceu com microcefalia e outras malformações congênitas. Neste pequeno foi identificada a presença do zika vírus. Os exames foram realizados pelo Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério da Saúde em Belém. “A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial”, disse a nota do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde também afirmou que as primeiras análises mostraram que o risco para a gestante está associado aos primeiros três meses de gravidez. Porém, ainda são necessários mais estudos para confirmar o período de vulnerabilidade e esclarecer outras questões, como a forma do vírus atuar no feto.
Lembrando que nos últimos meses foram constatados surtos de microcefalia nos recém-nascidos na região nordeste, principalmente Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, os mesmos locais em que há o surto de zika vírus.
Como prevenir o zika vírus
Como o zika vírus também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, a maneira de evita-lo também é semelhante. “Se morar em uma região de risco, procurar os métodos preventivos, não deixando locais onde a água possa ficar represada servindo como local de proliferação do mosquito responsável pela disseminação da doença, o Aedes aegypti. O uso de roupas que protejam mais o corpo, como calças compridas e camisas de manga longa podem diminuir o risco de infecção”, afirma o ginecologista obstetra Jurandir Piassi Passos, do Lavosier Medicina Diagnóstica.
Peça também para que seus vizinhos evitem locais com água parada, como pratinhos de vaso e calhas e higienizando constantemente a caixa d’água e piscina. Afinal, de nada adianta apenas você tomar essas as medidas preventivas.
Vale também investir em telas nas janelas e evitar deixar as portas abertas pela manhã e à tarde. Também é importante passar repelente com frequência e repor sempre que molhar a pele ou suar. Dê especial atenção para pernas e braços na hora de passar o produto. Velas de citronela também são uma alternativa.
Zika vírus: o que é e sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, o zika vírus é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso (erupções vermelhas na pele acompanhadas de coceira), febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido (olhos vermelhos, mas sem coceira), dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.
Tratamento do zika vírus
Não existe tratamento específico. O tratamento dos casos em que há sintomas é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas (erupções vermelhas na pele), os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus. Diante dos sintomas do zika vírus é essencial entrar em contato com seu médico ou se dirigir ao pronto-socorro, utilize apenas os remédios indicados pelo seu médico.
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