Tomar um remédio famoso na gravidez aumenta risco de autismo no bebê
Uma pesquisa acaba de descobrir que o uso de paracetamol no final da gravidez aumenta o risco do bebê ter autismo
Tomar um remédio comum na gravidez aumenta as chances dos bebês nasceram com autismo. Foi o que descobriu uma pesquisa publicada na revista científica JAMA (Journal of the American Medical Association) Psychiatry. Segundo o estudo, ingerir o paracetamol na reta final da gestação aumenta as chances dos bebês desenvolverem autismo e/ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (DDA). Vale lembrar que o paracetamol é um medicamento com propriedades analgésicas muito utilizado para febre e dor leve e moderada.
Os pesquisadores descobriram isto após analisar o sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. Eles observaram que mais crianças com maior concentração de paracetamol no sangue vieram a desenvolver autismo e/ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (DDA) quando comparado com aquelas que tinham menor concentração deste medicamento no sangue do cordão umbilical.
O professor de pediatria da universidade Johns Hopkins School of Medicine em Baltimore nos Estados Unidos e autor do estudo, Dr. Xiaobin Wang, falou sobre a descoberta. “Nossas constatações colaboram com pesquisas anteriores que já haviam observado esta relação também em outras fases da gestação”, afirmou o Dr. Xiaobin Wang.
O médico também observou que pesquisas anteriores haviam apontado que o paracetamol consegue passar pela placenta.
A pesquisa contou com a participação de 996 mães e seus filhos. As crianças foram acompanhadas até por volta dos 10 anos de idade. Os pesquisadores notaram que quando as concentrações de paracetamol no sangue da placenta estavam altas, os pequenos tinham quase três vezes mais chances de desenvolverem autismo e 3,6 mais chances de desenvolver DDA. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (30/10).