Especialista em linguagem corporal analisou o comportamento de Sarí Côrte Real ao falar sobre o menino Miguel
O triste caso do menino Miguel Otávio Santana da Silva está gerando grande indignação em boa parte da população brasileira. O garotinho de apenas cinco anos faleceu no dia 2 de junho ao cair do 9º andar de um prédio em Recife.
A criança faleceu quando estava sob os cuidados da então patroa de sua mãe, Sarí Côrte Real. Sarí deixou que o menino de apenas cinco anos entrasse sozinho no elevador, ele queria ver a mãe Mirtes que estava na rua levando o cachorro da então patroa para passear. Sarí deixou que o pequeno entrasse no elevador e ela ainda voltou para o apartamento para continuar fazendo as unhas com a manicure que estava na casa. A criança acabou indo parar no nono andar de onde caiu.
Sarí está sendo acusada de abandono de incapaz e ela concedeu recentemente uma entrevista ao Fantástico para falar sobre o menino.
O famoso especialista em linguagem corporal, Vitor Santos, analisou o comportamento de Sarí na entrevista a fim de identificar se ela sentiu culpa. E ele divulgou sua análise em seu canal.
Durante a entrevista, a repórter questiona Sarí sobre se ela sentiu culpa. E diante disso, ela respondeu: “Eu sinto que eu fiz tudo que eu podia e se eu pudesse voltar no tempo, eu voltava. Se eu soubesse que tudo isso ia acontecer, eu voltava e ainda tentava fazer mais do que eu fiz naquela hora”. A repórter então questionou Sarí sobre o que ela faria se pudesse voltar no tempo e a ex-patroa respondeu que não sabia o que faria. “Esperava mais, não sei, se eu pudesse voltar no tempo…não sei lhe dizer…”, disse ela.
O especialista em linguagem corporal, analisou esta resposta: “Quando questionada se sentiria algum tipo de culpa ou remorso sobre o que aconteceu. Sarí não afirma nenhum tipo de culpa, arrependimento, nada. Inclusive, ela não chega nem a afirmar que está se sentindo mal, que lamenta pela morte do garoto. Ao invés disso, ela novamente elenca as façanhas positivas que ela fez. Deixando a sua imagem publicamente mais positiva. E antes de responder dizendo que fez tudo que podia podemos ver em Sarí, umedecimento labial, engolida em seco, tensão nos ombros, indicando elevação de ansiedade e essa compreensão labial com força pode ser interpretada como uma possível tentativa de mutismo. Uma demora grande em responder, o que pode ser interpretado como uma tentativa de pensar em uma melhor resposta. Outra grande incoerência narrativa, ela diz que se pudesse voltar no tempo, faria mais do que já tinha feito, mas não se refere de forma direta, ela teria feito mais para salvar a vida do Miguel, para melhorar, para ajudar, para ter uma situação positiva para o Miguel. Ela só diz que teria feito mais do que já fez. E quando questionada logo em seguida pela repórter o que teria feito, Sarí diz: ‘não sei’. Sem mencionar o fato de que enquanto ela fala que faria mais do que já fez ela apresenta não visualização e AU10, uma microexpressão de nojo”.
Depois, o especialista em linguagem corporal ainda chegou à seguinte conclusão: “Podemos concluir nosso estudo com as seguintes suposições: Sarí não verbaliza nenhuma ideia potencialmente emocional sobre a perda do jovem Miguel. Ela verbaliza de forma distanciada a maioria de suas respostas sobre sua relação no caso Miguel, sendo que em relatos honestos geralmente vemos abordagens mais pessoais e diretas. Seu comportamento majoritário é medo e não conseguimos observar em abundância microexpressões de tristeza e seu discurso apresenta potenciais incoerências narrativas além de ser totalmente afastado verbalmente”.