Enfermeira, da linha de frente contra o COVID-19, doa rim para bebê
O bebê nasceu com uma doença que afeta os rins e precisava com urgência de um transplante
Bodie é um bebê de apenas 1 ano e 11 meses que precisou de uma grande ajuda. O pequeno nasceu com uma rara doença chamada síndrome nefrótica congênita. A condição faz com que o organismo libere muita proteína, juntamente com a urina. Além disso, é bem comum que a doença evolua para a insuficiência renal e traga risco de vida.
Dessa forma, o menino precisava urgentemente de um transplante de rim. Porém, Bodie é o caçula de uma família de 5 filhos. Como um de seus irmãos mais velhos nasceu com a síndrome, a mãe já havia doado um rim para ele. Por outro lado, o pai não era um doador compatível, em ambos os casos.
Antes que a situação se agravasse ainda mais, sua mãe, Gloria Hall, o inscreveu para a lista de crianças que precisam de um transplante. Todavia, a espera costuma demorar. E, às vezes, não é tão fácil encontrar alguém que esteja disposto e seja compatível. Logo que ouviu essa história, Taylor Pikkarainen decidiu ajudar.
A enfermeira passou muitos dias viajando pelos Estados Unidos para tratar de pacientes com COVID-19. Ainda assim, quando sua cunhada, que é amiga de Hall, lhe contou o que aquela família estava passando, Taylor não pensou duas vezes. Quase que imediatamente a enfermeira decidiu agir!
“Sempre há um risco em uma cirurgia. Apesar disso, eu estava lá sentada e pesquisei rapidamente os efeitos colaterais de se doar um rim. Em meia hora eu estava me inscrevendo para ajudar Bodie”, relembrou Taylor ao Good Morning America.
De acordo com Taylor, sua ideia era permanecer como doadora anônima. Mas, devido a pandemia, a data original para o transplante foi adiada algumas vezes. Assim, a enfermeira decidiu tranquilizar os pais do garotinho. Para isso, enviou uma carta juntamente com um bicho de pelúcia. Todos ainda se conheceram pessoalmente, alguns dias antes do transplante.
A cirurgia ocorreu justamente no aniversário de 27 anos de Taylor. Todo o procedimento durou cerca de 6 horas. “Eu nunca tinha feito uma cirurgia ou sido hospitalizada. Então, não sabia o que esperar. Nesse meio tempo, pensei que seria mais difícil do que foi na verdade. Eu faria isso 100% de novo”, revelou a enfermeira.
O pequeno está se recuperando muito bem do transplante. Como resultado, ele deu seus primeiros passos recentemente. “À primeira vista, não podíamos acreditar. Afinal, como alguém que mal conhecemos estaria tão disposto a doar um dos seus órgãos? Ainda é difícil colocar em palavras o que ela fez por nós”, conclui Hall.