Coronavírus prejudica a placenta e o fluxo de sangue pro bebê, diz estudo
Uma pesquisa da Universidade Northwestern apontou que o coronavírus pode prejudicar a placenta das gestantes
O coronavírus pode prejudicar a placenta e o fluxo de sangue para o bebê durante a gestação. É o que aponta uma pesquisa feita pela Universidade de Northwestern em Illinois nos Estados Unidos.
O estudo em questão foi publicado na última sexta-feira (22) na revista científica American Journal of Clinical Pathology. A pesquisa analisou as placentas de 16 mulheres que testaram positivo para o Covid-19 durante a gestação. As placentas foram analisadas após os nascimentos dos bebês.
Os médicos responsáveis pelo estudo observaram que apesar de todos os 16 bebês terem nascido saudáveis, todas as placentas apresentaram problemas. As lesões que foram observadas nas placentas causaram um fluxo de sangue anormal entre as mães e seus bebês durante a gestação.
“A grande maioria destes bebês nasceu a termo, após gestações que foram normais (a não ser pelo diagnóstico de Covid-19 nas gestantes). Então, estávamos esperando encontrar placentas saudáveis. Mas parece que este vírus está causando algum problema na placenta”, disse o autor do estudo Dr. Jeffrey Goldstein, professor assistente de patologias da Universidade Northwestern de Medicina.
O Dr. Jeffrey Goldstein ainda afirmou que os bebês parecem não estar sendo afetados por estes problemas na plancenta. “Parece que isto não causou nada negativo para os bebês, mas nossos dados ainda são limitados. Eu acredito que este estudo valida a ideia de que gestantes com Covid-19 devem ser monitoradas mais de perto”, afirmou o Dr. Jeffrey Goldstein.
A coautora do estudo, Dra. Emily Miller, professora assistente de ginecologia e obstetrícia da Universidade de Northwestern de Medicina acredita que este acompanhamento das gestantes com Covid-19 deve ser realizado com exames não invasivos. “Eu não quero assustar ninguém, mas estas descobertas são preocupantes. Mas este estudo pequeno traz à tona a necessidade de discutirmos como devemos tratar as gestantes neste momento”, afirmou a Dra. Emily Miller.