‘Passei por uma cesárea sem anestesia e senti tudo’, desabafa mãe
A mãe revelou que começou a gritar e avisou aos médicos que estava sentindo a cesárea, mas não adiantou
Uma mãe desabafou após ter passado por uma cesariana sem anestesia. Delphina Mota, 25 anos, estava com 41 semanas de gestação quando foi ao hospital no dia 14 de novembro do ano passado para ter seu parto induzido. Ela agora desabafou sobre a situação terrível que viveu.
Ela e seu noivo, Paul Iheanachor, que vivem em Oceanside nos Estados Unidos foram ao hospital Tri-City Medical Center para que o parto fosse induzido. A indução do parto foi realizada, mas na manhã do dia seguinte, enquanto Delphina ainda estava em trabalho de parto os médicos não ouviram mais os batimentos cardíacos da bebê. “Eu me lembro dos médicos e enfermeiros tirarem rapidamente todos os fios de monitoramento do trabalho de parto de mim e me levarem para a sala de cirurgia”, contou Delphina em entrevista ao Buzzfeed News.
Delphina continuou e disse: “Na sala de cirurgia, eles ficaram tentando chamar o anestesiologista diversas vezes, mas sem resposta. Eu havia tomado uma epidural na noite anterior, mas ela já não estava fazendo efeito. Depois, eu comecei a ouvir o médico dizer: ‘Nós temos que fazer! Nós temos que fazer!’. A sala de cirurgia estava um caos”.
Foi quando, de acordo com Delphina, os médicos decidiram fazer o corte da cesárea sem anestesia. “Eles passaram um tipo de creme anestésico na minha barriga, mas eu continuava sentindo tudo e falei isso para as enfermeiras. Mesmo assim me seguraram e me cortaram, meu corpo inteiro sentiu a dor. Eu comecei a gritar até que desmaiei”, contou Delphina.
Nisso, o noivo de Delphina, Paul, tentou entrar na sala de cirurgia para amparar a noiva, mas foi impedido.
A bebê do casal nasceu saudável e atualmente está muito bem, mas Delphina ainda carrega o trauma psicológico deste parto. O casal agora está processando o hospital pela falta de estrutura para lidar com uma cirurgia de emergência. “Eu entendo que minha filha precisava nascer o quanto antes e acho que os médicos naquele momento não tiveram outra escolha senão fazer a cirurgia sem anestesia, para que minha bebê sobrevivesse. Mas o que eu acho um grande absurdo é o hospital não ter um anestesiologista disponível para cirurgias de emergência e é por isso que estamos processando”, concluiu Delphina. O processo ainda está correndo na justiça.