“Minha cicatriz da cesárea explodiu e o que houve depois é ainda pior”
Uma mãe tem apenas 35% de chances de sobreviver após sua cicatriz da cesárea ter estourado
A mãe Michelle viveu um momento de terror ao ver que sua cicatriz da cesárea havia explodido. O caso ocorreu em 2014, dez anos após ela ter dado à luz sua filha Keira. Ocorre de alguma forma uma fistula, conexão anormal entre um órgão ou uma veia, se formou e fez com que vazasse sangue e fezes quando a cicatriz abriu.
Michelle lutava contra a doença de Crohn, que causa uma inflamação no trato gastrointestinal, desde a adolescência, mas jamais pensou que teria que lidar com uma situação como esta. Para piorar, mesmo realizando tratamento imediatamente após o problema ter ocorrido, em decorrência do que houve com sua cicatriz, os órgãos de Michelle começaram a falhar depois de um ano. “Meus órgãos pararam de trabalhar, eu ainda tenho um buraco no meu estomago e uma bolsa de colostomia permanente”, disse ela em entrevista ao portal Kidspot.
Desde o que ocorreu com sua cicatriz , Michelle está lutando pela vida. Em 2018 sua esposa Laura a encontrou desmaiada no banheiro da casa. Ela foi levada ao hospital e seu quadro havia piorado tanto que os médicos pediram que Laura e a pequena Keira se despedissem de Michelle, pois ela poderia não voltar mais. “Dizer adeus à minha esposa e minha filha foi o momento mais difícil da minha vida”, contou Michelle.
A mãe sobreviveu, mas desde então tem passado por uma série de cuidados diários. Ela precisa de enfermeiros, sente dores constantemente e frequentemente vai ao hospital porque acaba contraindo infecções.
A situação ficou tão difícil que Michelle entrou na fila do transplante. Ela precisa realizar o transplante de seis órgãos e todos precisam ser do mesmo doador. São eles: intestino grosso, intestino delgado, cólon, pâncreas, fígado e o estomago.
Uma vez que um doador for encontrado, Michelle passará por uma cirurgia de 20 horas para realizar o transplante de todos os órgãos. A cirurgia é muito arriscada e as chances de Michelle sobreviver são de apenas 35%. “Eu quero voltar a ter qualidade de vida para poder ficar com a minha família. Eu estou realmente arriscando tudo por elas. O tempo de recuperação de uma cirurgia dessa é dois anos, para você ver como minha situação atual está grave. Mas eu acredito que a cirurgia poderá mudar tudo para mim”, concluiu Michelle.