Romana Novais e Alok mostram o rosto da filha prematura de 32 semanas
A médica Romana Novais também fez um emocionante relato sobre o nascimento de sua filha com o DJ Alok
A médica Romana Novais e o DJ Alok mostraram o rosto de sua filha recém-nascida pela primeira vez. A bebê Raika nasceu no dia 2 de dezembro. Ela veio ao mundo por meio de um parto prematuro, Romana estava com apenas 32 semanas de gestação. Isto significa que Raika nasceu cinco semanas antes do esperado.
Romana Novais mostrou imagens da pequena Raika na UTI neonatal, onde a pequena está internada. E a esposa de Alok também deu detalhes sobre o difícil parto prematuro que passou. A médica surpreendeu ao revelar que correu risco de vida por causa de um quadro grave chamado CIVD (coagulação intravascular disseminada) que desenvolveu durante o parto prematuro. As complicações e o parto prematuro de Romana ocorreram porque ela e o DJ estão com covid.
Por causa destas complicações, a esposa de Alok também precisou ser internada na UTI após o parto. Romana e a filha precisaram ser separadas logo após o parto. E desde então a médica ainda não pode ver a sua filha recém-nascida, ela e o marido só podem acompanhar a pequena por vídeos.
Romana já deixou a UTI e recebeu alta hospitalar, agora, ela e Alok estão em isolamento em casa. É a mãe do DJ quem está indo diariamente para a UTI neonatal para ficar cerca de 10 horas diárias com a pequena Raika. Os pais de Romana estão cuidando do outro filho do casal, o pequeno Ravi de 11 meses.
Romana fez um relato emocionante sobre tudo que a família passou e está passando. Confira o relato dela a seguir:
“Primeiramente estou passando aqui porque eu quero agradecer por todo o carinho e apoio nesses últimos dias que foram bem difíceis para mim e toda a família. A gente ficou surpreso com esse parto prematuro, foi um susto, obviamente não estava nos nossos planos. Eu vim contar o que aconteceu para alertar todas as gestantes, especialmente no terceiro trimestre, eu estava com 32 semanas.
Tudo aconteceu desde a semana passada, comecei a ter uma dor no corpo muito intensa e me incomodou muito. Eu fiz o teste de covid e Alok também e deu positivo. Comecei a sentir muita dor no corpo, parecia que todos os meus ossos estavam sendo quebrados de tanta dor que eu sentia, é uma dor muito estranha, tudo fica obscuro, você sente muito medo, eu fiquei com muito medo da doença. Eu até então achava que não traria muitos sintomas para as gestantes, mas eu me enganei. Acontece. Eu tenho visto outros casos parecidos com o meu. Eu comecei a ter muita febre no período da noite, além da dor no corpo e na quarta-feira que foi o dia do parto prematuro, eu comecei a sentir contração.
Entrei em contato com a Erica e o Domingos, meus obstetras, na ultrassom tava tudo perfeito, mas quando eu me levantei, eu comecei a sangrar muito, muito, muito. Foi realmente muito assustador para mim, eu sou da área da saúde, estou acostumada com sangue, mas você se ver sangrando grávida é muito assustador. O Alok estava comigo, ele me levou porque estamos isolados, a gente nem pensou muito, eu falei: ‘amor, não estou me sentindo legal, a Raika não está confortável, estou tendo contração’. Eu estava me sentindo desconfortável, eu conheço meu corpo e sabia que não estava legal. Nesse momento eu só escutei meu corpo e falei: ‘preciso de uma avaliação’. Até então minha gestação estava super saudável, infelizmente o vírus me escolheu, acredito muito que tenha sido também para trazer essa informação para vocês.
Voltando ao que aconteceu, eu comecei a sangrar muito na clínica, a Dra. Erica e o Dr. Domingos conduziram o caso com muita maestria, não temos palavras para agradecer vocês por todo cuidado, carinho, atenção, prontidão. Na hora eu vi vocês trabalhando com tanto profissionalismo que me enche de orgulho ter pessoas como vocês do nosso lado, ter vocês do nosso lado fez total diferença. A gente correu pro hospital, a Erica já passou o acesso em mim na clínica mesmo e fomos correndo pro hospital e tudo que eu pensava era que eu precisava salvar minha filha de qualquer forma porque eu não sabia o que estava acontecendo. E a Erica não queria passar nada para mim, ela só falava: ‘amiga, fica calma, vai ficar tudo bem’. Eu gritava muito e só pensava na Raika, só pensava nela.
Quando cheguei no hospital estava com muito medo. No hospital aconteceu tudo muito rápido, eu não esperava que fosse tão rápido assim, primeiro eu nem esperava que fosse conseguir fazer um parto natural porque eu sentia muita dor, mas a Raika precisava sair, não estava confortável, eu continuava sangrando muito (Raika nasceu de parto natural). Eu apresentei um quadro de CIVD, uma das situações raras na obstetrícia, quem é da área sabe o quão perigoso é. Eu apresentei esse quadro que é quando a placenta sangra muito e ao mesmo tempo tem muito trombo. E os médicos precisam atuar com muita agilidade, rapidez e foi isso que meus obstetras fizeram. O quadro se estendeu por todo o meu corpo e eu estava correndo risco de vida.
Graças a Deus eu estou viva, estou bem, eu fiquei na UTI logo em seguida, a Raika também então a gente se separou. Eu não tive opção, não pude pegar ela no colo, não pude amamentar, não pude ter meu Golden Hour com ela (primeira hora da vida do bebê em que ele passa nos braços da mãe), tudo isso por conta do vírus. Para as gestantes que achavam que ele não pode trazer complicações, eu deixo aqui meu testemunho. Quero deixar vocês em alerta para se cuidarem o máximo, mesmo sendo jovem e saudável, sem riscos, eu me encontrei em uma situação que não desejo a ninguém. Muito assustador passar por isso, eu estou muito assustada até agora.
Não me canso de agradecer a Deus por esse milagre, a gente se salvou. Eu espero do fundo do coração que minha pequena saia o mais rápido possível da UTI, eu já vim pra casa desde ontem e ela permanece lá, ela nasceu prematura então precisa se manter sob cuidados médicos. Ela está bem, clinicamente estável, evoluindo muito bem graças a Deus. Eu não posso visitá-la, mas a todo o momento eu vejo ela por vídeo. Isso é o mais difícil de tudo, apesar que o Alok fala: ‘amor a gente já passou por tanto’. Não vê-la, não poder amamentar, tocar e tê-la nos meus braços é realmente muito difícil, mas diante de tudo que a gente viveu eu só tenho a agradecer a Deus por nunca soltar a minha mão.
Esses acontecimentos nos fazem lembrar do que realmente importa, nos aproximam de Deus e servem de lição para a gente lembrar quem nos sustenta o tempo inteiro. Eu espero do fundo do coração que a Raika saia o mais rápido possível da UTI, o Ravi se mantém com nossos pais. O Ravi está com os meus pais em São Paulo mesmo enquanto a gente passa por esse período. Um agradecimento muito especial ao meu esposo que nunca solta minha mão. Esse foi meu relato do que aconteceu comigo e com a Raika nesses últimos dias. Eu quero chamar a atenção de vocês para toda essa situação, é uma doença muito séria, a gente não pode dar bobeira”.