Posição cefálica: como deixar o bebê na posição certa para nascer?
Veja tudo o que você precisa saber sobre a posição cefálica
Nas semanas anteriores ao nascimento do bebê, enquanto os pais se preparam para a sua chegada, o novo membro da família também precisa passar por mudanças. Tais eventos objetivam o encaixe dele na posição cefálica para que o parto ocorra da forma mais natural e tranquila.
Mesmo que outros fatores também influenciem, a posição do feto ao nascer é determinante na decisão pelo tipo de parto. Esse posicionamento indica se a mulher poderá realmente optar pelo parto vaginal ou se será preciso realizar uma cesariana.
Sendo assim, entenda o que é a posição cefálica, a sua importância e o que fazer para que o bebê fique na posição mais adequada para nascer. Aproveite a leitura!
Afinal, o que é posição cefálica?
Em obstetrícia, a posição cefálica é um termo que se refere ao posicionamento do bebê na hora do parto. Nessa posição, a criança está com a cabeça virada para baixo. Esse é o posicionamento esperado para que a gestante consiga dar à luz pelo parto natural e sem complicações.
No entanto, os profissionais envolvidos nesse procedimento devem estar atentos aos demais fatores associados à posição cefálica. Além de estar com a cabeça para baixo e os pés para cima, o bebê pode ainda estar posicionado de costas para a frente da mãe ou de frente para as costas dela. A análise dessas posições é feita pela ultrassonografia.
Em vias gerais, o bebê consegue virar, naturalmente, e se encaixar nessa posição por volta da 35ª semana. No entanto, em alguns casos, a criança pode não fazer esse giro e ficar com a cabeça para cima ou na posição transversal. Nesses casos, é necessário optar pela cesárea ou pelo parto pélvico.
Como a posição interfere no nascimento do bebê?
Mesmo que não exista uma posição “errada” para o nascimento, é preciso considerar que há, sim, algumas posturas que podem complicar o parto, tanto para a mamãe quanto para o bebê. Se ele se encaixar na posição podálica — com os pés virados para baixo — ou pélvica — em que fica sentado — o parto cesáreo é o mais indicado.
Por influência da fisiologia natural do corpo, o mais comum é que a maior parte das gestantes esteja apta ao parto normal. Por tal razão, os bebês costumam adotar essa postura com mais frequência. Entretanto, em alguns casos, eles assumem uma posição diferente, o que requer uma melhor avaliação do profissional responsável pelo parto.
Vale destacar que o bebê se movimenta e assume diferentes posições durante o período gestacional. Porém, o nascimento é o momento decisivo para a escolha do tipo de parto. Por isso, é necessário confirmar se a criança está em uma postura favorável ao parto normal ou cesáreo. Segundo referências do Manual MSD, isso é importante para evitar problemas com a apresentação anormal.
Portanto, o ideal é aguardar até o momento do nascimento para identificar a posição do bebê no útero. Nas últimas semanas de gestação, é possível confirmar esse posicionamento apenas com o exame de toque ginecológico. Se houver dúvidas, pode-se recorrer a ultrassonografia para uma avaliação mais precisa.
Como ajudar o bebê a ficar na posição certa para nascer?
Mesmo as mamães de primeira viagem podem ajudar o bebê a virar de cabeça para baixo para se encaixar na posição cefálica. Estimular o bebê a dar esse giro e se encaixar nesse posicionamento é um dos passos cruciais para que o parto seja normal.
Por isso, a grávida pode estimular o bebê com alguns exercícios. Porém, a orientação é que esses procedimentos sejam feitos somente após 32 semanas de gestação. Outro ponto importante é comunicar ao obstetra a realização dessas práticas.
Além disso, é necessário deixar claro que a eficiência do resultado não é totalmente comprovada. Entretanto, por meio desses exercícios, há maiores chances de que o bebê possa virar para a posição cefálica até o dia do parto. Listamos algumas atividades para essa finalidade. Observe quais são:
- quando for se sentar, encaixe um travesseiro ou uma almofada e deixe o seu quadril mais alto do que os joelhos;
- fique de joelhos no chão e, bem devagar, abaixe o peito até que seus quadris fiquem no ponto mais alto. Procure permanecer nessa posição de 10 a 15 minutos;
- em dias alternados, sente-se em uma bola de Pilates e tente fazer inclinações para frente. Faça isso apenas se ficar confortável e sem forçar a sua coluna.
Como se preparar para os exercícios?Para maior segurança, selecionamos algumas dicas para ajudar a gestante a se preparar para os exercícios. Acompanhe com atenção:
- para fazer essas atividades, esteja com o estômago vazio para não ficar com mal-estar ou azia. Se necessário, mantenha em casa “remédios caseiros próprios” para azia na gravidez;
- converse com o seu bebê e observe se ele fará alguma movimentação fetal. Isso ajuda a mantê-lo acordado;
- use roupas e calçados confortáveis;
- esteja acompanhada durante a execução dos exercícios. Isso ajuda a garantir que a atividade seja feita em segurança.
Como saber se o bebê encaixou?
Mesmo que não haja garantia de que o bebê ficará de cabeça para baixo, após os exercícios, é possível perceber alguma movimentação. No entanto, é comum a gestante notar o bebê se mexer durante ou depois dos exercícios. Quando ele vira, a mulher sente mais vontade de urinar e respira melhor, porque a compressão no tórax diminui.
Geralmente, o encaixe acontece quando a cabecinha do bebê começa a se deslizar em direção à orla pélvica. Esse é um dos movimentos naturais esperados para a preparação para o parto. Na maioria dos casos, tais eventos ocorrem após a 37ª semana de gravidez e a mulher percebe a movimentação da criança.
Após esse período, o médico pode apalpar o abdômen da mulher para confirmar se a cabeça da criança já começou a manobra de encaixe. Ainda que o bebê possa mudar nos últimos dias antes do parto, após a 37ª semana, pode-se ter uma ideia da posição que ele estará no momento de nascer.
Por fim, pode-se afirmar que mesmo que o bebê não esteja na posição cefálica na reta final, isso não deve ser motivo de medo ou preocupação. Às vezes, ele não se encaixa por diferentes razões. A mais comum é a insuficiência de líquido amniótico ou porque ele “se ajusta” tão confortavelmente no útero que prefere permanecer assim até o grande dia.
Gostou deste artigo? Veja quando é preciso buscar ajuda se estiver na reta final da gravidez!