Engasgo de bebê: tudo que você precisa saber sobre o tema
Buscar informações sobre engasgo de bebê ajuda a ter tranquilidade nesses momentos delicados
O engasgo de bebê é um tema que traz muitas preocupações, principalmente para as mamães de primeira viagem e que ainda estão se adaptando à experiência da maternidade. No entanto, mesmo os pais mais experientes ficam um pouco aflitos quando o bebê engasga. Pois, nem sempre têm o conhecimento das técnicas que devem ser utilizadas nesses momentos difíceis.
Pensando nisso, vamos apresentar neste artigo as principais informações a respeito do tema. Veja como acontece o engasgo de bebê, quais são os sinais de que o bebê está engasgando e confira o que fazer nessas situações. Também vamos ensinar a Manobra de Heimlich, um procedimento muito importante para desengasgar a criança.
Aproveite a leitura!
É normal o bebê engasgar muito?
O desenvolvimento infantil vem acompanhado de grandes descobertas. Até mesmo os próprios bebês já percebem isso desde cedo. Assim, já crescem com esse tipo de “consciência” de que experimentar o novo pode trazer grandes satisfações e alegria. Você pode estar se perguntando o que isso tem a ver com o engasgo de bebê, não é mesmo?
A resposta é simples: tudo! Desde que começam a desenvolver a coordenação motora e a firmeza nas mãozinhas, os bebês podem engasgar porque passam a colocar tudo na boca. E é exatamente por isso que falamos sobre as descobertas e novidades, já que levar algo à boca é uma forma de descobrir novos sabores.
Contudo, esse ato eleva bastante os riscos de sufocamento, e essa é uma das principais causas de engasgos em bebês. Nessa fase, os pais devem aproveitar para introduzir novos hábitos alimentares e oferecer papinhas e frutas raspadas, em vez de alimentos em pedacinhos.
Porém, mesmo se com todos os cuidados seu bebê engasga muito, o ideal é buscar o auxílio de um profissional. Casos muito frequentes de engasgo exigem uma avaliação mais criteriosa do pediatra. Outros profissionais, como o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, também podem ajudar na solicitação de exames específicos para descobrir as causas do engasgo.
Como acontece o engasgo de bebê?
Vamos explicar por que tantas pessoas dizem que o “engasgo” acontece quando o alimento entra no “lugar errado” ou no “buraco errado”. Você já ouviu algo desse tipo? Bem, para a sua surpresa, é exatamente isso que acontece, devido ao processo de deglutição. Para ficar mais claro, o ato de “deglutir” é o mesmo que engolir o alimento.
Assim como acontece com os adultos, o caminho percorrido pelo alimento é o mesmo para os bebês. Porém, por algumas razões, o risco de engasgo nos bebês é maior. Na verdade, após a mastigação, o alimento é levado para a faringe com a movimentação da língua. Como na faringe há dois “buracos” chamados de esôfago e laringe, às vezes, ocorrem erros porque eles são muito próximos.
A função do esôfago é levar o alimento ao estômago, enquanto a laringe é uma estrutura elástica que conduz o ar para os pulmões durante a respiração. Por essa razão, se houver um pequeno desvio no trajeto do alimento, ele não cai no esôfago, mas sim na laringe. Se isso acontecer, o alimento vai para o pulmão.
Dessa forma, o engasgo ocorre porque o próprio corpo “entende” que algo deu errado e tenta corrigir o problema. Essa correção objetiva expelir o “corpo estranho”, que pode ser pedaços de alimentos ou objetos que estão no lugar errado. Como nos bebês os músculos da tosse ainda estão em desenvolvimento, o engasgo pode ser muito perigoso, já que atrapalha a respiração da criança.
Quais são os tipos de engasgo?
Os tipos de engasgo são classificados de acordo com as características e o nível de risco. Veja os principais a seguir.
Engasgo parcial
Chamamos de engasgo parcial as situações em que as vias respiratórias da criança não estão totalmente obstruídas. Isto é, como ainda há passagem de ar, o risco de desmaio é menor. Nesses quadros, o bebê chora muito, fica ofegante, agitado e com uma tosse meio rouca.
Engasgo total
No engasgo total, exige-se a busca de socorro mais rápido, pois se trata de um quadro mais grave. Nessas condições, a criança desmaia, fica com os lábios arroxeados e com o corpinho mole porque está com muita dificuldade de respirar.
Quais as principais causas do engasgamento de bebê?
Para ajudar você a identificar as situações que exigem socorro imediato, listamos as principais causas de engasgo do bebê. Algumas crianças engasgam com:
- leite, durante a amamentação;
- alimentos em grãos, como arroz e feijão;
- líquidos, inclusive na mamadeira, ao ficarem deitadas ou mal recostadas;
- peças que podem ter se soltado dos brinquedos, como bateria ou ímãs;
- pedaços de frutas muito escorregadias, como banana, mamão e manga.
Além disso, o engasgo pode ocorrer ao deitar o bebê depois de ele comer ou mamar sem que tenha arrotado.
Quais são os sinais de que o bebê está engasgando?
Ainda que seja o seu primeiro filho, não é tão difícil identificar os principais sinais de que o bebê está engasgando. Confira os indícios que exigem mais atenção:
- tosse com choro, espirro e ânsia de vômito mesmo durante a alimentação;
- dificuldade de respirar, ficando pálido ou com os lábios arroxeados;
- respiração rápida e ofegante de repente;
- necessidade de muito esforço para respirar;
- tentativa de choro, mas sem que o som saia.
O que fazer em caso de engasgo do bebê?
Os bebês aprendem a sugar ainda durante o processo de formação no útero. Esse sugar do bebê é um importante ato que ajuda bastante na amamentação. Além de fortalecer a musculatura que movimenta o maxilar e a mandíbula, preparando o “terreno” para a mastigação, que vem em seguida.
Porém, o ato de engolir pode demorar mais tempo para ser aprendido e treinado, o que aumenta os riscos de engasgamento. Inclusive, em alguns casos, como vimos, pode acontecer engasgo com o leite materno. Isso é mais comum em bebês que ainda não aprenderam a controlar, simultaneamente, a respiração, o ato de sugar e a deglutição do leite.
Caso um engasgo aconteça, é preciso manter a calma para ter condição de ajudar o seu filho. Veja o que pode ser feito de acordo com a idade da criança!
Bebês com menos de 1 ano
Em recém-nascidos ou nos primeiros meses de vida, você deve fazer tentativas de desobstruir as vias aéreas. Veja os passos mais importantes:
- sente-se e ponha o bebê deitado de bruços, por cima do seu antebraço;
- deixe a cabeça dele um pouco mais baixa que o restante do corpinho;
- segure a boquinha do bebê aberta com o dedo indicador ou médio;
- dê 5 tapinhas, não muito fortes, na região entre os ombros, no meio das costas do bebê;
- seja delicada e tenha cuidado para não machucá-lo;
- faça esse procedimento por alguns minutos. Caso não consiga desengasgar o bebê, chame os serviços de emergência, como o 190, o 192 ou o Corpo de Bombeiros, e indique a sua localização.
Bebês com mais de 1 ano
Após os 12 meses de vida, o bebê engasgado deve ser socorrido imediatamente. O socorrista pode ser um cuidador ou algum profissional de saúde que tenha habilidade técnica para a realização dos procedimentos em segurança.
Com mais de 1 ano, os bebês já estão com a deglutição mais treinada e a musculatura da tosse mais forte. Porém, para fazer a criança expelir o que causou o engasgo, exige-se habilidade para executar corretamente as manobras.
Independentemente da idade da criança, o engasgo é um quadro que pode evoluir para a gravidade e, por isso, é necessário que os pais tenham bastante cuidado para ajudar seu filho.
Após identificar os sinais de engasgo (já listados anteriormente), você pode estimular a criança a tossir. Tenha cuidado com tapinhas nas costas, pois isso pode causar a descida do que gerou o engasgo e piorar o quadro. Você pode comprimir, devagar, a boca do estômago do bebê para estimular a tosse. Isso vai ajudar a eliminar o alimento ou o objeto.
Qual a relação entre o uso de máscaras na pandemia e o engasgo do bebê?
Mediante a necessidade de adotar os critérios de proteção à saúde para reduzir os risco de contágio pelo novo Coronavírus, algumas ações preventivas são essenciais. Conforme orientação do Ministério da Saúde, divulgado pelo Portal FIOCRUZ, o uso de máscaras ou de protetores faciais não é recomendado para crianças menores de 2 anos.
Papais e mamães precisam ter mais cuidado em relação ao uso desses equipamentos em bebês e em crianças muito pequenas. Como ainda estão em desenvolvimento, eles não têm coordenação motora suficiente para retirar a máscara. Dessa forma, o uso delas eleva os riscos de asfixia e de engasgo por refluxo.
Logo, o ideal é permanecer em casa com os bebês enquanto for necessário seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde para conter o avanço da pandemia. A conscientização sobre a necessidade de reduzir os riscos de incidentes com crianças e de proteger a saúde coletiva deve começar pelos atos individuais.
Como evitar que os bebês engasguem com leite materno?
O leite materno é, sem dúvidas, o mais importante alimento para o bebê, mas é preciso muita atenção ao amamentar o pequeno. Esse tipo de engasgo, normalmente, acontece com bebês nos primeiros meses de vida.
Selecionamos algumas dicas que podem ser bastante úteis. Acompanhe abaixo:
- não amamente o bebê com ele totalmente deitado;
- acomode o bebê no colo, para que ele receba o leite na posição correta;
- se o engasgo for frequente, não deixe de conversar com o pediatra sobre refluxo gastroesofágico;
- tenha muito cuidado com a alimentação do bebê e evite oferecer alguns tipos de alimentos, como maçã, uvas, balas, amendoim e pipoca;
- observe se o seu fluxo de leite não está muito forte e, se necessário, faça a ordenha para reduzir o volume;
- mesmo depois que o bebê arrotar, não o coloque imediatamente em posição ereta;
- depois da mamada, não coloque o bebê para dormir na horizontal, mas sim em uma posição inclinada.
O que é a Manobra de Heimlich e como executá-la?
Esse procedimento é o mais indicado nos casos em que a criança engasga e fica inconsciente. O objetivo dessa manobra é fazer uma compressão abdominal que promova a desobstrução das vias aéreas do seu bebê. Para isso, é necessário induzir a descompressão do diafragma, um dos músculos respiratórios.
O diafragma é um músculo que tem a função de regular os movimentos de inspiração (entrada de ar nos pulmões) e de expiração (saída de ar). Ao comprimir o diafragma, ocorre a indução dos mecanismos responsáveis pela respiração. Como é uma situação emergencial, a meta é garantir que a criança recupere a respiração e consiga manter a oxigenação do sangue.
Para executar a Manobra de Heimlich, você deve adotar os seguintes passos:
- mantenha o bebê deitadinho em uma mesa ou no chão. O importante é mantê-lo em uma superfície que seja firme;
- comprima o osso esterno utilizando dois dedos, de preferência, o dedo indicador e o médio;
- faça 30 movimentos repetitivos sobre o esterno com uma profundidade aproximada de 2 dedos. Espere que a área exercitada e comprimida volte ao normal e recomece;
- após a realização dos primeiros 30 movimentos, utilize 2 dedos para abrir delicadamente a boca da criança;
- faça duas ventilações: encha a sua boca de ar e assopre dentro da boca e das narinas do seu filho;
- ao abrir a boquinha do bebê, faça isso com as duas mãos. Firme a testa dele com uma das mãos e, com a outra, puxe o queixo do pequeno para trás com bastante cuidado;
- você deve repetir esse procedimento até notar que o tórax levantou um pouquinho devido ao volume de ar introduzido;
- mesmo que o tórax não dê essa levantadinha, continue executando essa manobra até a chegada da ambulância.
Geralmente, na Manobra de Heimlich, são realizadas cerca de 120 compressões para a obtenção de bons resultados. A habilidade de quem executa e o conhecimento das técnicas são essenciais para o restabelecimento da respiração da criança. No entanto, a orientação médica é que vítimas inconscientes sejam socorridas em hospital.
Por fim, vale destacar mais uma vez que os bebês que engasgam de forma frequente, até mesmo com a saliva ou enquanto dormem, exigem ainda mais cuidados, além de uma avaliação profissional. Descartadas outras hipóteses, a dificuldade para engolir pode ter relação com alterações neurológicas. Por isso, uma conversa aberta com o pediatra pode ajudar bastante.
Como você viu, é possível evitar o engasgo de bebê com alguns cuidados, principalmente na amamentação. Além das práticas que ajudam a controlar esse problema, também é importante ter bastante paciência e dar tempo ao tempo para que o bebê se desenvolva e fique com a deglutição mais evoluída. A atenção a esses fatores deixa as mamães mais tranquilas nessas situações.
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