Anestesia ou analgesia no parto: entenda as diferenças entre elas
Você sabe qual a diferença entre anestesia e analgesia no parto? Preparamos este conteúdo para te explicar!
Quando chega o tão aguardado momento de dar à luz, a alegria da vinda do bebê pode ser ofuscada pelo medo da mãe em relação à s inevitáveis dores do parto. A boa notÃcia é que existe a possibilidade do uso de injeções com substâncias que ajudam a reduzir as dores e desconforto da parturiente.
A anestesia e a analgesia no parto são processos diferentes, cada um deles aplicados com objetivos distintos para trazer mais alÃvio à mulher. Por isso, é importante entender em que situação elas são indicadas, além das vantagens e riscos que as envolvem. Neste artigo, confira tudo o que precisa saber a respeito. Boa leitura!
O que é anestesia e analgesia?
A anestesia refere-se a um estado de insensibilidade do corpo, o que faz com que a sensação de dor seja bloqueada durante um perÃodo de tempo especÃfico. Na gestante, o objetivo do uso dessa técnica é fazer com que ela não sinta as dores durante o trabalho de parto. Já a analgesia é utilizada apenas para trazer alÃvio para as dores esporádicas das contrações.
A aplicação das duas técnicas é feita na região lombar, nas costas, via cateter e com o uso de agulha. O procedimento é realizado pelo médico anestesista, que define a quantidade da dose e o tipo de substância que será usada, dependendo da necessidade da gestante. Para reduzir a dor da picada da agulha, os médicos podem fazer uso de um analgésico local, o que pode até mesmo impedir que a mãe sinta a agulha.
Qual a diferença entre elas?
Usada em cesarianas, a anestesia contém uma quantidade de substâncias mais elevada que a analgesia. O seu uso não tem como finalidade apenas trazer o alÃvio da dor da gestante, mas também impedir a ocorrência de espasmos musculares. Assim, o médico pode realizar o parto com maior precisão e tranquilidade.
Os tipos de anestesias usados no momento que antecede o nascimento do bebê são a peridural (que é aplicada aos poucos, conforme a necessidade, e tem efeito gradativo) ou a raquidiana (que tem efeito quase imediato e dura mais tempo). No caso da primeira, a mãe não tem os seus movimentos afetados e pode caminhar. Enquanto na segunda, o movimento das pernas é afetado momentaneamente.
Durante o trabalho de parto, o médico pode optar por combinar as duas anestesias, técnica conhecida como duplo bloqueio. Assim, as dores são aliviadas sem que a movimentação das pernas seja alterada, o que permite que a parturiente possa levantar-se e caminhar durante todo o processo.
Ambas são anestesias regionais e impedem a sensação de dor, reduzindo a sensibilidade da cintura para baixo. Além do uso nos partos, também são empregadas em procedimentos cirúrgicos ou para aliviar dores que não são tratáveis. Além da anestesia regional, também existem a local (aplicada apenas na região em que será feito o procedimento) e geral (onde há a completa inconsciência do paciente para a operação).
Em relação à analgesia, a quantidade de substâncias usadas na gestante é menor, além de a aplicação ser mais superficial. Com isso, há uma redução na percepção da dor. Usada nos partos normais apenas para inibir o desconforto, a gestante não tem sua consciência alterada e continua sentindo o seu corpo, o que permite que ela tenha uma participação ativa no nascimento do bebê.
A recuperação após o uso de analgésicos no parto ocorre de maneira tranquila e os efeitos passam em até 3 horas. É importante saber que não há nenhuma evidência cientÃfica de que o bebê sofra algum tipo de prejuÃzo decorrente da analgesia.
Em que momento é feita a aplicação?
O momento ideal para que a gestante receba a anestesia vai depender tanto da avaliação da equipe quanto do nÃvel e evolução da dor que ela estiver sentindo. Quando a mãe está sofrendo com as dores e pede para receber a anestesia, geralmente é feito o uso da analgesia. Isso vai proporcionar mais conforto, além de também ajudar a reduzir a ansiedade normal que ocorre durante o perÃodo do pré-parto.
No parto normal, tanto a mãe quanto o bebê são beneficiados com o uso de técnicas de analgesia espinhal. Isso porque, com a redução da sobrecarga cardiorrespiratória da gestante, há uma diminuição da quantidade de hormônios associados à dor e estresse liberados no organismo. Dessa forma, o bebê recebe a quantidade adequada de fluxo sanguÃneo na placenta, melhorando sua sensação de bem-estar.
Quais os riscos da anestesia e da analgesia no parto?
Apesar de o uso dessas substâncias para inibição da dor ser benéfico no momento do parto, é importante ressaltar que existem alguns riscos. Afinal, trata-se de um tipo de droga e, por isso, pode trazer reações adversas ao entrar no organismo. Até mesmo a ingestão de analgésicos durante a gestação não é indicada sem que o médico tenha prescrito.
Por esse motivo, é fundamental fazer uma avaliação médica, que vai apontar os prós e contras que envolvem cada situação. Mas quando a administração das substâncias é feita de maneira e dosagem corretas, os riscos são considerados praticamente nulos.
Em relação à anestesia, pode existir algumas complicações, embora elas sejam bastante raras. Porém, quando há uma equipe preparada e que conta com uma estrutura hospitalar adequada, as chances de isso ocorrer são mÃnimas.
Em se tratando da analgesia, a gestante precisa passar por uma rigorosa avaliação caso tenha problemas cardÃacos ou neurológicos. Além disso, a aplicação não é indicada para aquelas que apresentam doenças que alteram a coagulação sanguÃnea.
Para as gestantes que não desejam fazer o uso de medicação durante o trabalho de parto, existem outras alternativas que contribuem para a redução da sensibilidade e trazem mais conforto. Entre os métodos não farmacológicos, podemos citar banhos aquecidos, massagens, exercÃcios corporais e hidroterapia.
Também é importante ressaltar que, entre os métodos de anestesia ou analgesia no parto, nenhum é considerado melhor do que o outro. Cada um é mais indicado para uma determinada situação, que será avaliada pela equipe médica.
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